A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara de Vereadores – composta pelos vereadores Hermínio Oliveira(PDT), Sidney Oliveira (PRB) e Adinilson Pereira (PSB) – se reuniu na tarde desta quarta-feira (12) com o Executivo de Negócios da empresa de telefonia móvel Oi, Rubens Sampaio. O encontro integra um calendário de atividades desenvolvidas pela comissão, que vem buscando identificar os principais problemas enfrentados pelos usuários de serviços essenciais, como bancos, supermercados e serviços telefônicos.

O executivo da OI apresentou aos vereadores o plano de investimentos que visa eliminar os diversos problemas verificados pela comissão, especialmente a permanente queda de sinal. Segundo ele, está previsto um investimento total de quase R$ 9 milhões, boa parte do qual já foi utilizado na colocação de novas torres de transmissão de sinal. Até o dia 30 de junho, por exemplo, será instalada uma antena no alto da Avenida Luis Eduardo Magalhães para sanear as dificuldades em todos os bairros adjacentes, até a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

Até o final do mês de agosto, serão instaladas outras duas antenas: uma no bairro Patagônia e outra na avenida Paramirim, na parte alta do bairro Ibirapuera. No final do ano, para completar a cobertura, será instalada antena na rua do Cruzeiro para substituir a anterior, que estava assentada em um terreno em frente à praça Sá Barreto. “Além disso, estamos à procura de mais três terrenos, pois já existe uma verba destinada de R$ 2 milhões para atender mais três pontos da cidade. É bom que todos saibam que uma torre dessas custa em torno de RS 700 mil”.

Indagado pela comissão sobre o problema de sinal especialmente nas áreas próximas ao aeroporto, ele informou que, por determinação do Comando Aéreo Regional/Comar, nenhuma das quatro operadoras poderá instalar qualquer tipo de equipamento. “Mas mesmo assim tentaremos resolver o problema dessa região (Miro Cairo, Senhorinha Cairo Urbis V, Vilas Serranas) por fora, através da Paramirim, bem em cima, próximo da serra, que é o limite, e da Patagônia”.

DISTORÇÕES DE TRÁFEGO: Rubens Sampaio esclareceu, ainda, sobre as chamadas “distorções de tráfego”, sobrecarga de usuário do sistema de telefonia que não moram em Vitória da Conquista mas que têm atividades acadêmicas e profissionais no município. “A estrutura que a Oi tem em Vitória da Conquista é para meio milhão de habitantes, só que por causa dessas distorções de tráfego não está sendo suficiente. E com a perda da Sá Barreto, a situação se agravou, informou, acrescentando que “hoje um dos maiores problemas da Oi é em relação ao número de visitantes em nossa cidade, gente que habilita o telefone fora e usa durante o dia e parte da noite e depois vai embora, pessoas que chegam segunda-feira e vão embora na sexta-feira”.

LEGISLAÇÃO RÍGIDA: Ainda segundo o executivo, concorre para dificultar a solução dos problemas a legislação ambiental do município, cujo Código de Meio Ambiente prevê uma série de restrições para instalação de antenas, especialmente em áreas próximas a hospitais, escolas, creches e clínicas médicas que utilizem equipamentos susceptíveis a interferência eletromagnéticas. A distância mínima prevista na lei é de 100 metros para instalação desses equipamentos. Assim, a empresa vem buscando resolver o problema com a instalação de torres em prédios, mas vem enfrentando resistências. “Ainda existe muita resistência de condomínios, o que atrapalha muito resolver o problema”.