Durante a audiência pública desta quinta-feira (9), os jovens puderam debater sobre políticas públicas voltadas para a juventude. Na ocasião, foram discutidas ações para a manutenção do bem-estar da juventude e também foram apresentadas demandas importantes para os jovens, que elogiaram conquistas e ações que o município já garantiu a eles, reforçando que ainda são necessárias outras iniciativas, que podem ser alcançadas a partir da integração entre os movimentos sociais e o Governo Municipal.
Coordenador municipal da Juventude, Rudival Maturano elogiou a iniciativa da audiência e afirmou que os jovens devem ocupar os espaços públicos, ter voz ativa na luta por melhorias para a população e combater o preconceito em todas as suas formas. Ele também destacou a criação da Coordenação Municipal e do Festival da Juventude, que contam com a participação maciça do segmento, e o programa Estação da Juventude, idealizado pela Secretaria Nacional da Juventude (SNJ) e desenvolvido, inicialmente, em 23 municípios brasileiros – entre os quais, Vitória da Conquista foi escolhido.
O representante da Pastoral da Juventude Católica, Enedilson Xavier, acredita que a cidade deve ser de todos e que ainda é preciso haver ações efetivas. Segundo ele, é dever do governo pensar em políticas públicas para a juventude, mas ainda é preciso que se faça muito em prol do lazer, da cultura, e, sobretudo, da educação, porque as periferias de Vitória da Conquista ainda não têm acesso a políticas públicas eficazes. “Queremos políticas públicas sem maquiagem, queremos que elas não estejam somente nas leis e nos papéis arquivados nas gavetas da Câmara e da Prefeitura”, finalizou, criticando ainda a ausência de alguns vereadores na audiência.
A representante das Jovens Mulheres, Gabriela Dias, falou que as jovens precisam de políticas públicas que defendam a mulher durante a gravidez, com a garantia de bom atendimento, e pontuou a necessidade de garantia do direito ao aborto às mulheres, para que tenham oportunidade de estudar e ingressar em universidades antes de constituírem famílias. Segundo ela, muitas conquistas já foram garantidas, mas ainda é preciso fazer mais. “É preciso que as esferas do governo se unam para que as leis de promoção do bem-estar das mulheres sejam cumpridas”.
O líder da Juventude Evangélica, Ítalo Nunes Aguiar, parabenizou a iniciativa do debate e falou que os jovens estão aquém do potencial que apresentam, e que também estão “defasados”, uma vez que não aproveitam a educação ou algumas vezes não têm acesso ao ensino de qualidade. “Vemos muita força, inteligência, mas os jovens ainda estão aproveitando de forma errada as oportunidades que a vida os dá. O Estado precisa dar um norte, porque a família tem nos faltado e o Estado também tem faltado com segurança, emprego e educação”, destacou, afirmando que os jovens devem aprender a respeitar, a debater, a cobrar, a ouvir e respeitar as pessoas.