23/04/2013 18:00:00
O Líder da Bancada de Oposição, vereador Arlindo Rebouças (PMN), defendeu que os governos encontrem formas de permitir que os jovens tenham uma primeira experiência profissional para assegurar aos mesmos condições inclusive de contribuir economicamente dentro de casa. “A lei é bem engraçada e interessante: proibido menor de dezoito anos trabalhar, mas quantos profissionais têm na televisão trabalhando?”, indagou o vereador, afirmando, ainda, que a lei penaliza especialmente as famílias mais carentes.
“Você falar para quem pode que seu filho não pode trabalhar porque é menor é fácil, mas deixa falar para o pai que não tem o dinheiro para comprar o tênis do filho e até muitas vezes o material da escola. Eu falo porque o meu primeiro emprego de carteira assinada eu tinha treze anos de idade, foi na prefeitura de Vitória da Conquista. Meu primeiro trabalho foi aos oito anos, porque minha família não podia me dar as coisas. Carregando feira, vendendo picolé, engraxando sapatos. Trabalhei com dentista, trabalhei com alfaiataria, marcenaria, celeiro, fui cambista e aos treze anos entrei no município, carteira assinada como servente de pedreiro. Aos quatorze anos já era pedreiro, tinha minha profissão”.
Na visão do vereador, o mais importante a ser feito pelos governos é investir em Educação. “Sem uma educação de qualidade ninguém vai a lugar nenhum. Eu defendo e já briguei aqui várias vezes que final de semana as escolas têm que abrir para vocês. Com cursos nos finais de semana para seus familiares. Menor aprendiz é importantíssimo, mas que tenha qualificação. Muitas empresas colocam o menor aprendiz que não aprende nada, bota para limpar mesa, varrer chão. Aprender o quê? Muitos lugares colocam o estudante como escravo da empresa, para não pagar o fundo de garantia. Nós sabemos que tem outras empresas sérias, que querem realmente promover o jovem e nós sabemos o quanto é difícil o tal do primeiro emprego. Falta experiência, mas como adquirir experiência se não tem o primeiro emprego, a primeira chance?”, questionou o parlamentar.