Na sessão desta sexta-feira (18), que discutiu a possibilidade da instalação de Unidade de Internação Provisória para abrigar adolescentes infratores, o vereador Alexandre Pereira (PT) afirmou que a situação em relação à falta de um local para recolher menores que cometem crimes é grave e exige providências urgentes. O parlamentar destacou que o encaminhamento de adolescentes em conflitos com a lei para Salvador, não contribui na ressocialização de adolescentes que cometem crimes, pois os mesmos são afastados de sua famílias. “Precisamos juntar todos os esforços para que a Unidade de Internação Provisória seja implantada em Conquista”, disse.

O vereador Beto Gonçalves (PV) disse que é preciso somar esforços para que os direitos da criança e adolescente sejam assegurados. O parlamentar enfatizou a importância da realização da sessão e também destacou a importância do unir de forças para que os recursos sejam liberados para implantação da Unidade Provisória. “Este é um problema de toda a sociedade conquistense”, afirmou.

O vereador Arlindo Rebouças (PMN), líder da bancada de oposição, criticou a decisão do Congresso Nacional que, indo de encontro ao que diz a legislação, aprovou lei que permite a venda de bebida alcoólica em estádios de futebol. O parlamentar declarou-se desacreditado no Governo e ressaltou que é preciso pensar na situação de adolescentes em conflitos com a lei de forma ampla, valorizando a inclusão social, educação e lazer.

Rebouças fez duras críticas aos governos estadual e federal, ao mesmo tempo em que cobrou ações que resolvam o problema da criminalidade que captura crianças e adolescentes. “Espero que o Governo do Estado tome vergonha na cara e cumpra a lei”, declarou.

O vereador Ademir Abreu (PT) destacou que acolher não significa apenas internar, mais garantir que os adolescentes em conflitos com a lei tenham garantidos seus direitos. Para Abreu, a implantação da Unidade Provisória é necessidade urgente para Vitória da Conquista.

O líder do Governo na Câmara, vereador Gildásio Silveira (PT), destacou a audiência que teve com o governador Jaques Wagner, para tratar sobre questões que envolvem a segurança em Vitória da Conquista. O parlamentar afirmou que o prefeito Guilherme Menezes já se colocou à disposição para que as forças sejam unidas na busca pela implantação da Unidade Provisória. “É preciso dar as mãos e agir, ao invés de ficar apenas criticando”, declarou, defendendo a elaboração de políticas públicas para crianças e adolescentes.

O vereador Hudson Castro (PCdoB) afirmou que não existem fórmulas mágicas para resolver os problemas envolvendo criminalidade e adolescência. Castro apontou para o esporte e lazer como fatores de proteção para que crianças e adolescentes não entrem para o mundo do crime. O vereador citou o Programa Segundo Tempo como experiência que deu certo, e defendeu o fortalecimento do esporte amador em Vitória da Conquista.

Já o vereador Gilzete Moreira (PSB), disse que conhece de perto as dificuldades em manter uma instituição que assista adolescentes infratores, pois já participou de um projeto semelhante há alguns anos. “Infelizmente o trabalho foi desativado por causa da falta de recursos para manter o local. Quando alguma entidade se dispõe a fazer alguma coisa, não recebe apoio”, disse. O trabalho da Famec também foi destaque no discurso do parlamentar, que sugeriu a utilização das instalações da Famec como alternativa para implantação da Unidade Provisória”, disse.