Imagem Greve dos professores estaduais é tema de sessão especial

Greve dos professores estaduais é tema de sessão especial

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02/05/2012 10:45:00


A Câmara realizou, na manhã quarta-feira (2), sessão especial para discutir a greve dos professores da rede estadual de ensino. A sessão foi uma iniciativa do vereador Arlindo Rebouças (PMN), líder da bancada de oposição.

O parlamentar afirmou que a educação não é prioridade para o governo estadual. Rebouças ressaltou a postura contraditória do governador Jaques Wagner, que, segundo Rebouças, antes de assumir o poder, defendia movimentos grevistas dos professores.

“Estranhamente temos um governador que massacra os professores”, disse, enfatizando que apenas pela mobilização os professores estaduais vão alcançar benefícios e melhores salários. O vereador destacou a importância da atuação dos sindicatos e encorajou os professores a permanecerem mobilizados para que o governo estadual atenda a pauta de reivindicação da categoria.  “Vamos fazer um documento, em nome desta Casa, solicitando a liberação imediata do salário dos professores e a negociação com os professores”, disse.

O presidente da Câmara, vereador Fernando Vasconcelos  (PT) salientou que a Câmara sempre foi receptiva aos  debates sobre educação, fazendo o que lhe cabe no âmbito da legislação municipal. “Esta é a Casa do povo, onde todos têm direito de se expressar e apresentar suas  demandas”, disse.

Geanne Oliveira, presidente  Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP)  e professora do Colégio Estadual Anísio Teixeira, afirmou que o PT, antes de estar no poder, sempre apoiou os movimentos grevistas, porém mudou  de postura após assumir o governo, voltando-se contra os professores que estão mobilizados em greve.

Oliveira garantiu que os professores vão continuar em greve, lutando por melhores salários e garantia de direitos. A professora destacou a necessidade da liberação dos salário dos professores, que foi bloqueado pelo Governo do Estado. “Não há como ter uma educação de melhor qualidade sem investimentos em educação”, afirmou.

Para Enoque Matos, coordenador executivo da Liga Unificada dos Trabalhadores em Educação (LUTE-Sindicato), a ausência do representante da Direc-20 foi desrespeito para com a educação estadual.  Matos também lamentou o corte dos salários dos professores grevistas e afirmou que o PT não prioriza a educação.

Valorização profissional, melhorias salariais e condições dignas de trabalho foram as principais demandas apresentadas por Matos. “O Governo do Estado não presta contas dos recursos do FUNDEB. Estamos solicitando a abertura das contas para que todos tenham acesso”, concluiu.

Aline Pedreira, professora do Colégio Estadual Abdias Menezes, afirmou que os professores vão continuar mobilizados em greve. A professora criticou a falta de atenção do governo estadual para com a educação.

A professora Maria Aparecida, afirmou que os vereadores precisam envolver-se na luta dos professores estaduais. Aparecida criticou a Câmara, por aprovar em unanimidade projetos enviados pelo Executivo.



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