07/06/2010 11:20:00
Na sessão que discutiu a campanha salarial dos servidores municipais, o vereador Ademir Abreu (PT), afirmou que os parlamentares sempre lutaram em favor dos trabalhadores. Ressaltou que a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece o controle dos gastos públicos, contribuindo para o desenvolvimento do país. Afirmou que é preferível trabalhar dentro do que manda a lei, pois o Governo tem credibilidade e responsabilidade na gestão das contas municipais. “Com a melhora da economia as reivindicações poderão ser contempladas”, disse.
O vereador Hermínio Oliveira (PDT) afirmou que apóia o movimento grevista, que deve continuar lutando por uma distribuição de renda justa. O parlamentar defendeu a criação de um plano de valorização dos servidores, a redução do número de carros alugados pela Prefeitura e o fim dos salários comissionados como estratégia para reduzir gastos e viabilizar o reajuste salarial dos servidores. “A arrecadação do Município é crescente, o que dá condições de um reajuste para os servidores”, declarou.
Já o vereador Fernando Jacaré (PT), líder do prefeito na Câmara, afirmou que não é verdadeira a afirmação que os vereadores estariam contrários ao movimento grevista. “Sempre defendemos o debate franco sobre as questões relativas à nossa cidade”, disse, ressaltando que a Prefeitura está diante de um dilema: o aumento justo pleiteado pelos servidores e as responsabilidades financeiras da administração municipal. Jacaré destacou que os vereadores não têm o poder de decisão, mas podem mediar as negociações entre a categoria e o Governo Municipal. “Não admitiremos perseguição aos servidores”, disse.
A vereadora Lúcia Rocha (DEM) declarou apoio ao servidores em greve, “que cumprem dignamente com os deveres que lhe são atribuídos”. A parlamentar destacou a importância do SINSERV e da luta por melhores salários da categoria. Rocha condenou a Prefeitura por perseguir servidores públicos e não conceder o reajuste reivindicado pela categoria. “Os servidores não devem calar a voz”, declarou, parabenizando a categoria pela determinação e consciência de seus direitos.
Segundo o vereador Beto Gonçalves (PV), líder da bancada de situação, a Câmara aprovou a sessão para discutir a campanha salarial do SINSERV porque compreende as razões da luta por melhores salários. O parlamentar afirmou que o Governo Guilherme Menezes não compactua com perseguições a funcionários públicos. Gonçalves afirmou que é preciso discutir o assunto com responsabilidade e sugeriu que os servidores votem em candidatos a deputados que tenham ligação com Vitória da Conquista, para que leis sejam aprovadas nas esferas estadual e federal que garantam salários justos aos servidores.
O vereador Joel Fernandes (PTN) afirmou que é na Câmara que discussões como a campanha salarial do SINSERV devem ser tratadas. Fernandes citou a campanha salarial dos serventuários da justiça, que fizeram greve e conseguiram alcançar os objetivos pleiteados. “A solução está em passar o reajuste para os servidores municipais do salário dos que foram contratados durante o movimento grevista”, disse.
Para o vereador Alexandre Pereira (PT), a greve é justa e legítima. Destacou que os servidores que estão em um patamar mais avançado na carreira estão prejudicados pelo não reajuste dos salários. “Precisamos ter maturidade e sensatez para discutir o reajuste dos servidores”, disse. Pereira reconheceu os limites legais que a Prefeitura deve obedecer, mesmo diante da legitimidade das reivindicações dos servidores. O vereador defendeu um plano de cargos e carreira como estratégia de valorização dos servidores municipais.
O vereador Luciano Gomes (PR) afirmou que a Câmara sempre debateu temas importantes como a discussão da campanha salarial do SINSERV. Condenou qualquer tipo de retaliação ou maus tratos contra os servidores municipais. Gomes ressaltou que a greve é legítima e fortalece a categoria na luta por direitos adquiridos. “É preciso oferecer melhores condições de trabalho e melhores salários para os servidores municipais”, afirmou, enfatizando que, com boa vontade, a Prefeitura vai encontrar uma solução para o problema.
O vereador Gilzete Moreira (PSB) também afirmou que a greve é legítima pois trata-se de um instrumento legal dos servidores para reivindicarem seus direitos. Ressaltou que a categoria deve compreender as dificuldades enfrentadas pela Prefeitura. “Esperamos que hoje este problema seja resolvido”, disse, ressaltando que a população precisa dos serviços dos funcionários municipais. Moreira declarou que acredita numa solução viável tanto para a Prefeitura quanto para o SINSERV.
O vereador Néu do Gás (PSB) afirmou que os servidores têm razão em realizar a greve e que o Governo Guilherme Menezes está empenhado em solucionar o problema da melhor forma possível. “Tenho certeza que os servidores sairão satisfeitos nesta rodada de negociação”, disse, enfatizando que a administração municipal é séria e responsável com os direitos dos trabalhadores.
O presidente da Câmara, vereador Gildásio Silveira (PT), parabenizou o vereador Arlindo Rebouças pela iniciativa em realizar a sessão e ressaltou que a Câmara se prontificou a receber o SINSERV desde a última quarta-feira (2), quando o servidores fizeram manifestação na porta do prédio onde funciona o Legislativo. Silveira ressaltou que a Câmara não tem a prerrogativa de resolver o problema do SINSERV, mas de mediar o processo de negociações.
“Discursos bonitos não devem agradar servidores. Ninguém aqui falou em reduzir salário de vereador para beneficiar o SINSERV. É preciso ter responsabilidade”, declarou, enfatizando que a greve não é uma guerra contra o prefeito, mas um processo democrático que deve ser conduzido de maneira séria. O parlamentar defendeu o Governo Municipal, afimando que o mesmo realizou, depois de 25 anos, concurso público, valorizando a categoria dos servidores públicos.
Para Silveira, a Câmara está atenta e de portas abertas para discutir assuntos que dizem respeito à campanha salarial dos servidores municipais, O vereador condenou qualquer tipo de perseguição a funcionários públicos e garantiu que a Comissão de Finanças e Orçamento vai acompanhar todo o processo de negociação salarial.
O vereador Arlindo Rebouças (PMN), líder da bancada de oposição, questionou a compra de veículo no valor de R$ 115 mil para uso exclusivo do prefeito Guilherme Menezes e o número excessivo de secretarias municipais. “Não podemos convencer o servidor que o Município não pode dar aumento”, declarou o parlamentar, fazendo duras críticas ao Governo Municipal.
Rebouças garantiu que vai apresentar denúncias de superfaturação das obras de reforma das escolas municipais. Lamentou a ausência do prefeito na sessão e destacou que “se o prefeito não persegue os funcionários, manda perseguir”. Defendeu o reajuste dos servidores e garantiu que os vereadores vão aprovar o projeto de lei que reajusta o salários dos servidores municipais.