07/07/2009 22:33:00
Na tribuna livre da sessão desta terça-feira (7), Dilvan Moreira, servidor da Previdência Social, destacou a greve dos servidores do INSS diante da disposição do Governo Federal em ampliar de seis para oito horas diárias a carga de trabalho dos referidos servidores. Segundo Moreira, a alternativa oferecida pelo Governo foi permanecer com a carga horária de seis horas, porém com uma redução salarial de 33%. “Com a atual carga horária estamos desempenhando muito bem nosso trabalho. Nosso serviço é de extrema importância para a sociedade”, afirmou, ressaltando que o Ministro da Previdência Social, José Pimentel, se recusa a receber o comando de greve.
Ieverson Maciel, também servidor do INSS, afirmou que a decisão do Governo Federal vai de encontro aos benefícios conquistados pelos servidores fruto da luta histórica da categoria. “É de se estranhar que um governo democrático faça isto com os servidores da Previdência Social”, declarou.
O líder da oposição, vereador Arlindo Rebouças (PMN), destacou a legitimidade da greve dos servidores da Previdência Social, ressaltando que a mesma apresenta os melhores indicadores dos últimos anos. O parlamentar enfatizou a melhoria da qualidade do serviço prestado pelo INSS e criticou o Governo Lula por “querer retirar um direito conquistado pelos servidores da Previdência”.
Rebouças salientou que o presidente Lula, em tempos passados, apoiou as greves feitas pelos servidores do INSS, porém, agora que ocupa a presidência da República, assume uma postura contrária aos trabalhadores. “Este é um momento infeliz do Governo Lula e do Ministro da Previdência Social”, declarou o vereador.
Já o vereador Jean Fabrício (PCdoB), rebateu as críticas ao Governo Lula, ressaltando que trata-se do melhor governo da história do país. Segundo o parlamentar, o Governo é referência para o mundo por sua capacidade econômica, fruto de um governo sério e responsável. Sobre a greve dos servidores do INSS, Fabrício afirmou que os servidores devem trabalhar as seis horas que para que foram contratados. “É preciso manter os direitos conquistados ao longo dos tempos. O direito dos servidores deve ser garantido”, disse.