O mandato do vereador Gilzete Moreira (PSB) promoveu, nesta terça-feira (30), audiência pública para marcar o Dia Mundial de Combate às Drogas, observado no dia 26 de junho. O evento teve como objetivo conscientizar a população em relação aos malefícios causados pelas drogas e buscar meios de combatê-la em nossa sociedade. Diversas entidades que trabalham na recuperação de dependentes químicos estiveram presentes no encontro.Para Moreira , a audiência foi um momento importante, pois reuniu diversos setores da sociedade engajados no combate às drogas. O parlamentar afirmou que conhece de perto o problema, pois atua na área de recuperação de dependentes químicos desde 1985. Em seu discurso, Gilzete Moreira relembrou o texto da Bíblia que afirma ”livre os que estão destinados a morte, e salve os que são levados para a matança se os puderes retirar”. Para o parlamentar, este foi um momento decisivo na sua luta pela recuperação de dependentes químicos. “Quando eu ouvi este versículo da Bíblia, criou dentro de mim um desejo de ajudar pessoas envolvidas com drogas”, afirmou.

A psicóloga Maria Consolata Oliveira destacou a importância da Câmara discutir um tema que atinge toda a sociedade. “A droga é um fenômeno que tem crescido mesmo com o esforço de várias entidades. Precisamos nos perguntar em que temos errado como indivíduos e como sociedade, e como nós devemos agir para que esta geração e as próximas usem menos drogas”, afirmou a psicóloga.

O secretário Municipal de Desenvolvimento Social, Boas Rios, destacou que a droga é um problema social que precisa ser tratado. “A droga não está condicionada a uma questão de realidade social. Hoje nós temos usuários de droga em todas as classes sociais”, afirmou.

Já o padre Edilberto Araújo Amorim, coordenador da Comunidade Terapêutica Fazenda Vida e Esperança, lamentou a ausência de representantes do Ministério Público, Policias Federal, Civil e Militar que não compareceram ao evento. “Se nós queremos somar forças e fazer com que a prevenção à dependência química seja uma luta de todos, essas instituições não deveriam faltar num debate importante como este”, disse.

Maristela Castro Santos, presidente da Associação Renascer, entidade que trabalha no acolhimento a pessoas portadoras do vírus HIV, afirmou que os problemas gerados em decorrência da AIDS e das drogas devem  ser tratados com respeito ao próximo, sem discriminação.

O pastor Joselito, da Comunidade Terapêutica Laranjeira, fez uma critica às autoridades policiais da cidade que, segundo ele, não vêm combatendo o tráfico de drogas de maneira eficiente. “Eu não consigo entender como eu sei onde estão localizadas as bocas de fumo em Conquista e a policia não sabe. Eles precisam montar um sistema de inteligência e fechar o cerco contra o trafico”, declarou.

Ednalva Novais, presidente do Centro de Recuperação e Amparo ao Menor (Creame), destacou o resultado positivo do  trabalho da entidade junto à comunidade e a satisfação “ao ver muitas vidas sendo restauradas e famílias sendo reestruturadas a partir do momento que existe uma libertação das drogas”.
 

Pedro Melo, que representou a Associação Comunitária Cristo Liberta, destacou um relatório produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que afirma que 208 milhões dos habitantes do planeta são usuários de drogas.

Marluce, presidente do Centro Terapêutico Renascer, destacou a importância do trabalho desenvolvido pelas entidades de Vitória da Conquista no combate às drogas, mas lamentou a falta de recursos, "que tem sido um grande obstáculo para um trabalho mais eficiente junto aos dependentes químicos".