13/05/2009 14:30:00
A Câmara Municipal de Vitória da Conquista registra seu profundo pesar pelo falecimento de Ludugéria Arléu da Silva, conhecida carinhosamente como Doginha. Segundo a família, Doginha lutava contra um câncer no fígado e se submetia à quimioterapia no Hospital Santa Isabel, em Salvador, onde faleceu por volta das 13h30 desta quarta-feira (13).
A previsão é que o corpo chegue em Vitória da Conquista na madrugada desta quinta-feira. O velório e a Missa de Corpo Presente acontecerão na Paróquia São Miguel, na Rua Nestor Fonseca, 35, Bairro Alto Maron (próximo ao Colégio Adelmário Pinheiro), a partir das 6h.
Um pouco da história
Doginha nasceu em Poções, no dia 26 de janeiro de 1935. Filha de Braz Arléu e Antônia Pereira, teve 14 irmãos e casou-se com Antônio dos Santos Guimarães. Veio para Conquista há 48 anos, acompanhando o marido que era garçom e sapateiro. Chegando aqui, logo começou a trabalhar nas Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Nossa Senhora das Graças.
Esteve à frente de diversos movimentos em defesa dos menos favorecidos, como a luta pela garantia de posse dos trabalhadores rurais da Fazenda Santa Marta e a Greve do Café, que exigia igualdade de condições e de pagamento entre homens e mulheres catadores de café.
No Alto Maron, bairro onde viveu a maior parte de sua vida, Doginha fez parte da luta pela instalação de rede elétrica, água e saneamento básico. Foi professora no programa de alfabetização de adultos da Paróquia São Miguel. Consciente do importante papel da mulher na política, Doginha filiou-se ao PT e atuou decisivamente em campanhas vitoriosas como a do deputado Waldenor Pereira, e dos prefeitos José Raimundo Fontes e Guilherme Menezes.
Em novembro de 2008 Doginha recebeu da Câmara Municipal o Título de Cidadã Conquistense, uma justa honraria à uma mulher guerreira, que sempre lutou pelo desenvolvimento social de Vitória da Conquista.