Imagem Minha arte, minha cidade: uma jornada de memória em bico de pena

Minha arte, minha cidade: uma jornada de memória em bico de pena

Câmara Municipal de Vitória da Conquista

25/11/2025 19:31:00


Por Silvio Jessé

É através da arte que expresso meu profundo carinho por Vitória da Conquista. Este novo trabalho, que busca registrar a história e a beleza da nossa cidade, é resultado de um esforço feito a "várias mãos". A curadoria do material envolveu muitas pessoas me trazendo informações e me contando histórias.

Minhas obras são, em essência, feitas de memórias, de coisas vividas realmente. Por isso, o processo de curadoria do meu trabalho, especialmente este voltado para a história de Vitória da Conquista, é uma etapa fundamental e bastante colaborativa. Ele funciona como uma verdadeira expedição em busca da memória e da informação precisa.


Chamo esse processo de curadoria a "várias mãos". É uma união de esforços que combina minha busca pessoal com a sabedoria da comunidade. O processo começa com a colaboração de várias pessoas. Elas me trazem material, me passam informações e, principalmente, contam histórias que vivem ou viveram.

Tenho a orientação de pessoas-chave, como do museólogo e historiador Fábio Sena, que é um profundo conhecedor da história da cidade e está envolvido inclusive com o tombamento de prédios importantes. Ele me orientou bastante sobre a história local, as pesquisas e os estudos.

Neste processo de curadoria e pesquisa, a contribuição de outras figuras importantes foi essencial:

O historiador Rui Medeiros, reconhecido por sua atuação como advogado e intelectual primoroso, com profundo conhecimento da história local e envolvimento com a OAB, traz uma perspectiva histórica e jurídica valiosa para a preservação do patrimônio.

O escritor Esechias Araújo, cronista e poeta, membro da Academia Conquistense de Letras, oferece um olhar sensível e literário sobre o cotidiano e a cultura da cidade.

O secretário municipal de Educação, Edgard Larry, também advogado, professor e escritor, atualmente à frente da Secretaria de Educação e com histórico na área cultural, contribui com a visão sobre a importância educacional e de acesso à história para os jovens.

O publicitário Beto Veroneze, com atuação em comunicação na Prefeitura Municipal, contribui com sua experiência em divulgação e na identificação de talentos locais, o que se alinha ao objetivo de empoderar os jovens.


Ronilson Ferreira e Julito Costa, um atuando na coordenação do Núcleo Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação), o outro com seus envolvimentos em áreas como segurança pública e educação, complementando a riqueza de perspectivas sobre a estrutura e o desenvolvimento da comunidade conquistense.

E, por fim, nosso menestrel, o gênio Elomar Figueira Mello, a quem rendo todas as homenagens, por ser a voz do sertão profundo.

Eu acompanhei o crescimento da cidade, desde a época em que ela era bem pequenina, bem acanhada, observando como os limites urbanos se expandiram a partir de marcos como a antiga Praça das Borboletas, hoje Tancredo Neves. Eu já possuo um bom acervo de trabalhos prontos sobre a cidade, que vinha postando nas redes sociais.

Essa exposição prévia e a expectativa que gerou contribuíram para o convite formal, pelo presidente da Câmara Municipal, Ivan Cordeiro, para a exposição, que acabou caindo na data do tombamento do prédio da Câmara — um edifício que considero muito bonito e histórico.

Acompanhei o crescimento de Conquista. Eu morava perto da Praça das Borboletas e dali para a frente, em direção à Escola Normal, já era mato. Não havia os conjuntos, como o BNH ou o do INOCOOP, que surgiram depois, fazendo a cidade crescer para o lado de lá e para o lado Oeste.

Essa memória é um registro essencial. Gosto muito da ideia, citada por Agualusa em reportagem de Mia Couto, de que memória é uma paisagem vista “de um comboio em movimento”. Ela passa rápido, e é importante não perdermos de vista esse registro, pois o cuidado com o passado é o que vai nortear o que vem para frente, nosso futuro.

Embora eu já trabalhe com pintura de Conquista há muito tempo, e meu tema habitual seja o cotidiano, o semiárido e a caatinga, a ideia de usar a técnica de bico de pena veio para dar um registro diferente.

O bico de pena é uma técnica antiga que me permite um trabalho mais leve, mais suave. O mais importante é que ela me possibilita trabalhar com mais detalhes, o que é fundamental para capturar a beleza arquitetônica e histórica que eu quero realçar.

Meu grande objetivo com este trabalho é empoderar os jovens de Conquista. Quero que eles possam conhecer um pouco mais da história da cidade através do desenho. Quero mostrar a beleza que a cidade tinha e ainda tem, pois Conquista é uma cidade que está sempre bonita, bem cuidada, onde as pessoas se sentem bem e são bem recebidas.

Tenho visto muitos comerciantes e pessoas de fora que vêm para cá trabalhar e se apaixonam por Conquista. Este projeto é a minha forma de contribuir para a preservação e o apreço por essa história.



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