Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (8), o vereador Alexandre Xandó (PT) usou a tribuna para denunciar o não-pagamento do vale-transporte a auxiliares de vida escolar terceirizadas que atuam na rede municipal de ensino. “Recebi a denúncia de uma auxiliar de vida escolar terceirizada que trabalha para o Grupo Nordeste. Essas trabalhadoras estão sem receber o vale-transporte e estão literalmente pagando para trabalhar”, afirmou o vereador.

Xandó relatou que uma das profissionais, ao tentar embarcar para o trabalho, descobriu que seu cartão de transporte estava sem saldo, mesmo após promessas de ressarcimento por parte da empresa. “Ontem entrei no ônibus para vir trabalhar e disseram que meu cartão estava sem saldo. Entrei em contato com a empresa, disseram que iriam resolver, mas nada foi feito. Só continuo porque me apeguei à criança de quem cuido”, relatou a trabalhadora, segundo o vereador.

O parlamentar também criticou a falta de capacitação adequada para as auxiliares que atuam com crianças autistas. “Essas profissionais não estão sendo preparadas para lidar com as crianças. Trabalhar com crianças autistas exige treinamento, exige esforço, e o que temos visto é o oposto. Além de salários baixos, elas estão enfrentando agressões e falta de suporte”, declarou. Diante da situação, Xandó informou que encaminhou a denúncia ao Ministério Público do Trabalho, pedindo providências.

O vereador também cobrou da Secretaria Municipal de Saúde a retomada do atendimento médico regular no Assentamento Joana D’arc, localizado na zona rural de Vitória da Conquista. “Os moradores estão relatando que não têm tido atendimento médico direto na localidade. É um assentamento com muitas crianças e idosos, com dificuldade de deslocamento. Pedimos que a Secretaria de Saúde garanta o atendimento médico no local”, destacou.

Xandó aproveitou para lembrar a conquista recente do assentamento, com a perfuração de um poço artesiano viabilizado por meio de recursos articulados pelo senador Jaques Wagner.

O vereador também comentou a situação das longas filas para o cadastro no programa Minha Casa Minha Vida, observada por ele durante visita ao Centro Glauber Rocha e à Secretaria de Desenvolvimento Social. “A Prefeitura diz que não precisa dormir na fila, mas quem chega às 10 da noite já não consegue senha. São apenas 50 senhas de manhã e 50 à tarde. É preciso um mutirão, com mais profissionais”, afirmou Xandó.

Ele ainda reforçou que fará a fiscalização dos beneficiários do programa habitacional. “Vamos fiscalizar para que só tenha acesso à casa quem realmente faz jus. O povo merece dignidade”, concluiu.

Anuska Meirelles