Na sessão desta sexta-feira, 11, da Câmara Municipal, o vereador Luciano Gomes (PCdoB) frisou que a Rádio Câmara 90.3 FM foi aprovada ainda em 2019, com publicação no Diário Oficial da União. De acordo com Gomes, a emissora só não foi ao ar no ano seguinte porque sua torre de transmissão foi desligada de um transformador que se supunha ser da Coelba. Segundo Gomes, a Band FM reclamou a propriedade do transformador e proibiu o uso dele pela Rádio Câmara, apesar das tentativas de acordo por parte da Casa e da Coelba. 

O vereador pediu aos colegas para refletir se o Legislativo vai dar um “presente de mais de R$ 3 milhões” para uma empresa que trabalhou contra a instituição. De acordo com ele, um projeto de lei tramita para favorecimento da emissora privada. “Nós precisamos olhar o passado na hora de votar esse projeto”, frisou.  

Luciano também comentou a eleição que vai definir a nova Mesa Diretora, em 2023. Ele afirmou que “a Câmara não está encabrestada”, já que qualquer um dos 21 vereadores tem condições de assumir a presidência da Casa. O edil alertou e mais uma vez pediu a reflexão aos colegas. Ele os questionou se aceitarão novamente a Câmara “gerida por um filho de vereador”. O vereador frisou que a Oposição terá candidato, mas que não é ele, e que a Casa mantém a sua independência, já que até mesmo vereadores da base da prefeita têm feito críticas à gestão municipal. 

O edil comemorou as vitórias de Lula presidente e Jerônimo Rodrigues governador, ambos do PT. Ele disse que apesar da “dor de cotovelo” de alguns, é preciso reconhecer que o voto do povo é soberano. Luciano rebateu fala de um colega que criticou os equipamentos de saúde do Estado. Para ele, é um contrassenso, já que o colega trabalha num desses espaços. “Trabalhar onde não se gosta, não vale a pena”, falou. 

Gomes parabenizou o trabalho do diretor geral do Hospital Geral de Vitória da Conquista, o médico Giovani Moreno. Segundo o vereador, a estrutura de saúde do Estado, como a UPA, é que socorre a população que não encontra atendimento nas unidades de saúde municipais. Para ele, a responsabilidade é do governo federal que não envia recursos para a saúde dos municípios e nem atualiza a tabela SUS. 

Luciano avalia que a situação vai mudar com a posse de Lula, assim como a situação do combate à seca. Ele lembrou que nas gestões Lula e Dilma, Conquista possuía mais de 30 carros-pipa e agora esse número caiu pela metade.