Imagem Câmara realiza Audiência Pública para comemorar Dia Internacional da Síndrome de Down

Câmara realiza Audiência Pública para comemorar Dia Internacional da Síndrome de Down

Câmara Municipal de Vitória da ConquistaAudiência PúblicaNotíciaValdemir DiasMárcia Viviane

24/03/2022 22:20:00


O Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado  na última segunda-feira (21), foi marcado por Audiência Pública, na noite desta quinta-feira (24), na Câmara Municipal de Vitória da Conquista. A solenidade reuniu representantes de diversas instituições que atuam com pessoas com Síndrome de Down em Vitória da Conquista.

A audiência pública foi proposta pela vereadora Viviane Sampaio (PT), que falou sobre a importância de debater o tema. “O objetivo é chamar a atenção da população para a promoção de alternativas para ampliar e fortalecer a inclusão e a visibilidade desse segmento. Essa tem sido uma das principais bandeiras de luta do nosso mandato e vale salientar que a Síndrome de Down não é uma doença e sim uma alteração genética que acontece na divisão celular do óvulo, resultando em um par a mais do cromossomo 21”, afirmou.


Temos muitas conquistas e muito para conquistar - A presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de Vitória da Conquista, Elza Rodrigues, trouxe para o debate os avanços que a instituição obteve nos últimos cinco anos em relação à oferta de serviços. Ela lembrou que quando assumiu a presidência da Apae, em 2017, o cenário era bem desafiador. “Quando estive aqui pela primeira vez, a situação da Apae era desesperadora. Vim para pedir socorro naquela ocasião. Hoje estou muito feliz. Reconheço que precisamos de muitas coisas. Mas, graças a Deus, também estamos conquistando muitas coisas. Não dá pra enumerar aqui todos os avanços que tivemos nos últimos cinco anos”, afirmou a presidente. Parte desse avanço deve-se ao serviço de educação da instituição, que precisou do apoio da Prefeitura de Vitória da Conquista para garantir a oferta de profissionais. Elza enfatizou também outros desafios que ainda precisam ser superados, como a melhoria da oferta dos serviços de saúde na entidade. “Vamos continuar buscando recursos e lutando por nossos objetivos porque tenho certeza que teremos muito mais conquistas para nós”, declarou.

A Apae tem papel importante na fundação do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência – Diretora da Apae de Vitória da Conquista, Deise Cristina Rocha, destacou o papel da associação para a inclusão da política de assistência social no município, como também para a evolução do ensino inclusivo no âmbito municipal. “Estou na Apae há 25 anos e sempre é uma conquista falar desta instituição. A Apae conta com a parceria do município e busca o atendimento integral, não só na área da educação e saúde, mas também na preparação para a vida em todos os aspectos”, ressaltou. A diretora falou também do papel da associação no processo de fundação do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência. “Depois de 10 anos foi fundado o Conselho Municipal e sabemos que nenhuma política atua sem o respaldo financeiro. Hoje temos um público interno em torno de 540 pessoas, além de uma lista de espera grande. Por isso é importante discutir e pensar para a contribuição e melhoria de uma politica que seja com qualidade”, finalizou. Em outro momento, a diretora apresentou os serviços que são oferecidos para os alunos na Apae, ressaltando a necessidade de que a comunidade conheça essas terapias.

Os desafios para efetivar uma educação inclusiva - O secretário municipal de Educação, Edgard Larry, parabenizou a Câmara Municipal de Vitória da Conquista pela iniciativa do debate. “Nós temos a grande responsabilidade de darmos as mãos e buscarmos caminhos para melhorar não só a educação, mas a educação como um todo. A sociedade não pode se omitir, seja no segmento público ou privado, temos o dever de desenvolver ações para garantir educação inclusiva. Isso é uma obrigação de todos nós”, afirmou o secretário. Larry ressaltou o trabalho desenvolvido pela Apae, destacando a necessidade de pautar as demandas dos portadores da Síndrome de Down. Nesse sentido, ele colocou a Secretaria Municipal de Educação à disposição para promover um debate permanente sobre a educação inclusiva, analisando todas as possibilidades que promovam avanços e garantam os direitos previstos a essas pessoas portadores dessa síndrome.

O secretário lembrou que a Rede Municipal de Ensino conta atualmente com 1064 alunos com deficiência, sendo que desse total, 489 são alunos com síndrome de Down e outras deficiências intelectuais. Ele encerrou o pronunciamento falando sobre a formação continuada dos professores que atendem a esse público. “Essa formação é fundamental para garantir uma assistência adequada”, pontuou.

Eu tenho satisfação em trabalhar na Apae” -  Luana Pereira, 31, representante e aluna da Apae de Vitória da Conquista, iniciou a fala destacando a satisfação em trabalhar como atendente na lanchonete da entidade. “Eu recebo os clientes, atendo, trabalho no caixa da lanchonete e gosto bastante dessas atividades”, disse. Ela falou um pouco sobre sua trajetória profissional e ressaltou os cursos que já fez ao longo da vida. “Eu terminei o ensino médio e fiz outros dois cursos profissionais, um de operador de caixa e outro de atendente de farmácia. Hoje, eu namoro o Romário há três anos e estou muito feliz”, finalizou.

A cidade precisa conhecer nossos serviços - A fonoaudióloga Maria Clara Maia atua na Apae desde 2018, como diretora clínica. Durante o debate, ela destacou o trabalho prestado por essa instituição aqui na cidade. “O pessoal não conhece o que a gente faz, nem como recebemos esses pacientes na Apae. O que parece ser simples é de fundamental importância para as famílias que ainda não sabem onde encontrar terapias corretas para os seus filhos diagnosticados com a Síndrome de Down”, afirmou. Ela destacou também o objetivo desse serviço. “A gente sempre faz um trabalho digno para que todas as pessoas com deficiência tenham autonomia e sua cognição preservada”, declarou.

A arte em relação à Síndrome de Down capta a atenção e motiva a socialização dos alunos -  A coordenadora de arte da Apae, Irlane Rodrigues, ressaltou as modalidades artísticas que são oferecidas na associação como o teatro, percussão, dança e coral. “A arte em relação à Síndrome de Down capta a atenção e motiva a socialização dos alunos. Nós, enquanto educadores, temos a cada dia que aflorar a sensibilidade”, disse. Ela falou também sobre a atuação dos alunos num espetáculo de arte promovido pela Apae e ressaltou que o trabalho com arte é uma grande missão. “Duvidaram que os alunos iam falar, mas o último espetáculo foi um sucesso e a Casa estava cheia. Este ano será lançado o nosso primeiro curta-metragem e a gente percebe que os meninos têm talento”, salientou.  Irlane aproveitou a oportunidade para agradecer aos outros colaboradores que atuam nos espetáculos e auxiliam a parte artística na associação. “Todos nós temos talento, os meninos da Apae me ensinam todos os dias que eu consigo. São quase 100 assistidos na área de arte e a sociedade ganha com isso”, disse.

O Brasil tem mais de 350 mil pessoas com Síndrome de Down - A assistente social, Cleia Malta, participou da audiência representando o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Michel Farias. Ela relembrou o 21 de março, que é a data que marca o Dia Internacional da Síndrome de Down. Cleia apresentou dados demográficos sobre o quantitativo de brasileiros que são portadores dessa síndrome. “São mais de 350 mil pessoas com Down aqui no Brasil. Só entre 2020 e 2021, foram notificados 1978 novos casos. Essas estatísticas apontam para a necessidade de mais políticas públicas”, defendeu. Ela pontuou as estratégias que precisam ser adotadas para superar os desafios impostos à educação inclusiva e comemorou os avanços obtidos por meio de equipamentos públicos que garantam os direitos sociais, a escuta qualificada e o acolhimento dessas pessoas. “Nós vivemos um momento importante, conquistando uma estrutura que consolidou as políticas do SUAS aqui em Conquista”, afirmou. A assistente social ainda ressaltou o trabalho da Apae e a importância da instituição na fomentação das políticas públicas e formação dos profissionais que atuam nessa área do campo social. “É neste intuito que parabenizo o trabalho de vocês”, pontuou.

Todas pessoas têm direto ao acesso à educação, cada um com suas particularidades - O vereador e líder da Bancada de Oposição, Valdemir Dias (PT), destacou em sua fala a importância da Apae para Vitória da Conquista e região, e os frutos da instituição ao longo dos 45 anos de atuação. “Diante de tantos frutos dessa associação, é de suma importância ter o apoio de políticas públicas inclusivas que dê oportunidades iguais a todos. Toda pessoa tem direto ao acesso à educação, cada um com seus dons”, disse. O vereador enfatizou que o processo de aprendizagem de cada pessoa é singular, e, nesse sentido, é preciso uma educação inclusiva que se relacione com cada aluno. Por último, Valdemir chamou a atenção da sociedade no apoio para que a associação alcance mais pessoas. “Existe uma fila de espera, porque há uma demanda reprimida e para que todos tenham esse direito é preciso apoiar cada vez mais a Apae”, finalizou. 



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