Imagem  Vereadores discutem políticas públicas de combate à violência contra a mulher

Vereadores discutem políticas públicas de combate à violência contra a mulher

Câmara Municipal de Vitória da ConquistaVereadoresSessão EspecialNotíciaJorge BezerraCoriolano MoraesDavid SalomãoValdemir DiasEdjaime Rosa - BibiaDanillo Kiribamba

07/08/2020 10:24:00


Na sessão especial realizada virtualmente nesta sexta-feira, 07, em comemoração aos 14 anos da Lei Maria da Penha, os vereadores ocuparam a tribuna virtual da Câmara para falar sobre o tema e debater ações de combate à violência contra a mulher em Vitória da Conquista. Diversos pontos foram abordados, como a necessidade de incluir homens nesse debate desde a sua formação básica de educação, e as medidas de inibição a essas agressões em tempos de pandemia da Covid-19 no Brasil.

O vereador Danillo Kiribamba (PCdoB) ressaltou que a luta das mulheres deve ser apoiada pelos homens. Ele frisou que o enfrentamento ao machismo deve ser uma luta coletiva. O vereador ainda cobrou dos governos mais políticas públicas para as mulheres.


Mulheres das zonas Urbana e Rural devem ser incentivadas a denunciar os agressores – O vereador Jorge Bezerra (Republicanos) afirmou que este debate nem deveria existir, porque os homens devem respeitar as mulheres. O vereador ressaltou que os governos federal, estaduais e municipais, precisam investir em políticas públicas em favor das mulheres em situação de violência, além de conscientizar as mulheres da cidade e da Zona Rural a denunciarem as agressões às quais são submetidas. Por fim, Jorge afirmou que se não fosse por sua esposa, provavelmente não estaria exercendo o mandato de vereador e pediu que os homens tratem suas esposas, filhas, noras e as mulheres em geral, com respeito e dignidade.

O vereador Valdemir Dias (PT) parabenizou a Casa do Povo pela discussão proposta e disse que “não podíamos nos furtar desse momento e, sim, que sempre temos algo a comemorar e nesses 14 anos houve muitos avanços, mas também sempre se pode avançar mais”. Ele lembrou que a pandemia exigiu o isolamento social e isso trouxe o agravamento da violência contra as mulheres. “O aumento de mais de 40% em relação a agressão em mulheres”, contou, criticando a postura do Governo Federal com relação ao cuidado com as mulheres e citou o desmonte da Casa da Mulher Brasileira, implementada pela ex-presidente Dilma.

União entre homens e mulheres – Em seu pronunciamento, o vereador David Salomão (PRTB) lamentou o discurso que enquadra o presidente Bolsonaro, que ele ressaltou ter sido eleito democraticamente, como machista e homofóbico. Ele aproveitou o momento para desejar às mulheres baianas e conquistense um abraço e ressaltou que é preciso haver união entre os homens e as mulheres. “Quero desejar às mulheres da Bahia e de Vitória da Conquista, o nosso forte abraço. Guerreiras, todas elas, ao lado dos homens”, disse o parlamentar.

O vereador Professor Cori (PT) ressaltou que a lei define que violência contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero [mulher] que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Ele frisou que os casos de feminicídio cresceram 22,2%, entre março e abril deste ano, em 12 estados do país, comparado ao ano passado (dados de um relatório produzido a pedido do Banco Mundial). O parlamentar avalia que é necessário rever o sistema de educação, pois não podemos aceitar o aumento da violência contra a mulher. Ele ainda destacou que cada cidadão, especialmente os homens, devem refletir sobre as próprias condutas em relação às mulheres e buscar mudanças. 

População negra e carente sofre mais com a violência – O vereador Bibia (MDB) afirmou que todos, sem exceção, devem fazer parte da defesa das mulheres e isso deve começar desde a educação das crianças, com os meninos sendo instruídos a tratarem as mulheres com respeito. O parlamentar ressaltou que as estatísticas mostram que a população preta e parda sofre mais com a violência e acaba refletindo isso nas mulheres. Por fim, pediu que ações de combate às agressões, por meio de debates e palestras, sejam feitas nas comunidades periféricas e em locais como igrejas e centros educacionais.

*Fotografia de arquivo. As sessões estão acontecendo remotamente.


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