Aconteceu nessa quarta, 11, sessão especial sobre abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. O requerimento é da vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB), aprovada por todos os vereadores. Durante o debate, o público pôde participar utilizando a tribuna para comentar o tema, apresentar questionamentos e sugestões.  

Anna Beatriz Fernandes, estudante da área de saúde, fez questionamentos em relação aos abusos sexuais às crianças e adolescentes ocorridos dentro das instituições religiosas. Ela conta que ao estudar o tema, encontra autores que falam que padres, pastores e outros representantes religiosos, usam de sua autoridade para cometer práticas de abuso sexual justificando-os como cura para alguns comportamentos das crianças e jovens. Beatriz provocou os convidados para o debate, perguntando se há algum tipo estatísticas desses casos. Para a estudante, é preciso debater também o que acontece dentro das instituições religiosas.

João Teixeira disse que ultimamente várias notícias dão conta de pais abusando e explorando sexualmente crianças e adolescentes. “Isso nós não podemos aceitar de forma alguma”, disse ele. “Eu entendo o que é ser abusado”, disse ele lamentando que isso ocorra inclusive por “adultos que se dizem cidadãos de bem, que se dizem pais”.

Kátia Aparecida ressaltou que a violência sexual atinge também meninos. Ela apresentou dados internacionais: “a cada seis meninas que sofrem violência sexual, abuso ou exploração, quatro meninos também”. Ela afirmou que esses dados não estão sendo divulgados na frequência que deveria. Kátia explicou que conhece essa realidade porque trabalha há nove anos na rede de Atenção e Defesa da Criança e do Adolescente. Segundo ela, os meninos têm dificuldades em falar sobre o abuso, situação agravada pelos preconceitos marcados numa sociedade patriarcal. “Esses meninos ainda são invisíveis para nossa sociedade”, disse.