16/11/2016 11:29:28
Durante a sessão solene realizada na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), em homenagem ao Dia da Consciência Negra, que é comemorado no dia 20 de novembro, a sociedade teve a oportunidade de usar a tribuna para expôr seus pensamentos e ideologias sobre o tema.
[caption id="attachment_14770" align="alignright" width="300"] Núbia Regina Moreira[/caption]A professora Núbia Regina Moreira foi a primeira a fazer uso da palavra e começou lembrando que “sou mulher negra, professora, mãe de família e cidadã. Há 16 anos moro em vitória da Conquista”. Lembrou que todos “somos cidadãos e temos direitos iguais”. Ela relatou os preconceitos que os negros, principalmente as mulheres, sofrem primeiramente nas redes sociais. “Aos vereadores que se reelegeram, peço que tenham esse tema como pauta nessa casa e lutem pela igualdade racial em nossa cidade”. Ela relatou ainda, que “sou mãe de duas crianças, independente se tem condições financeiras ou não, o racismo existe sim. Negro rico também é discriminado. Mulher negra é discriminada”. Por fim, ela lembrou que “não carrego meu título de doutora em sociologia pendurada no corpo. Eu carrego um corpo negro que a sociedade julga”. Falou que vem fazendo um trabalho de formiguinha “onde eu estiver”.
[caption id="attachment_14771" align="alignleft" width="300"] Lucélia Novais[/caption]Lucélia Novais disse que como cidadã e mulher negra não se sentiu representada pelas falas que anteciparam a sua durante a sessão solene. “Nós estamos aqui para falar diretamente com o povo negro e levantar a bandeira das religiões de matrizes africanas”, disse ela. Segundo o que apontou Lucélia, diariamente as pessoas negras são vítimas de discriminação racial e religiosa. Ela pediu atenção às pautas do povo negro e da periferia, de modo que sejam alvo da atenção do Poder Legislativo. “Ninguém olha para as nossas pautas como coisa importante”, lamentou.