26/08/2016 10:22:29
Durante a audiência pública realizada na manhã dessa quinta-feira (25), que discutiu o Projeto de Lei nº 06/2016, que dispõe sobre o plano Municipal de Cultura de Vitória da Conquista, seus princípios, objetivos, estrutura, organização, gestão, interrelações entre os seus componentes, recursos humanos e financiamento.
Eles reivindicaram, dentre tantos pontos, que o projeto esteja disponível para que eles tenham acesso antes da primeira votação. Nesse momento, o vereador Professor Cori (PT) explicou que o projeto é acessível a qualquer pessoa que se interesse e que todos tem o direito de dar sugestões para finalização do projeto. Agilidade também foi um ponto cobrado pelos artistas, bem como a valorização dos artistas locais.
Alguns artistas parabenizaram o trabalho feito no São João da Cidade, Lembrando que foi um momento riquíssimo, onde se obteve uma valorização dos artistas regionais, mas lamentaram a força de vontade do poder público no que diz respeito a divulgação da cultura nos bairros periféricos de vitória da Conquista. A questão de investimentos para os artistas locais também foi uma questão bastante debatida durante a sessão.
[caption id="attachment_13845" align="alignright" width="300"] Achiles Neto[/caption]Outro artista que se manifestou durante a sessão foi Achiles Neto, destacando um ponto importante do projeto, “já tivemos avanços no que diz respeito as conferencias e sugestões que já foram acrescentados, principalmente por pessoas interessadas na questão”. Euri Meira foi mais um que defendeu a celeridade do projeto e falou sobre a lei de postura e ambiente: “Estão sendo feitas de forma errada. Bares estão sendo fechados e muitos músicos estão sendo prejudicados”
[caption id="attachment_13846" align="alignleft" width="300"] Gilmar Dantas[/caption]Gilmar Dantas, técnico da secretaria de cultura, lembrou que o projeto não foi feita de uma hora para outra, “ouvimos muita gente, buscamos saber as necessidades e a partir daí montamos esse projeto que ainda deve passar por muitas mudanças até esta totalmente finalizada”. Lembrou que essa lei vai permitir que a sociedade eleja os representantes do conselho, “e é esse conselho que vai deliberar onde serão aplicados os recursos do fundo de cultura”
[caption id="attachment_13847" align="alignright" width="300"] Ronaldo Ros[/caption]O agente cultural Ronaldo Ros lembrou que a cultura de Conquista é tipo exportação e “mesmo assim tem muita desvalorização por parte do poder público”. Questionou perguntando “até que ponto o que aconteceu no são joão foi uma valorização do artista regional?” . Pediu que o plano de cultura valorize o artista popular, principalmente nos bairros populares. “São pessoas que tem talento mas não tem acesso a parte burocrática como é o caso dos grupos de terno de reis”.
[caption id="attachment_13848" align="alignleft" width="300"] Daniel Oliveira[/caption]Daniel Oliveira, foi outro artista que cobrou mais investimentos e ações para uma maior valorização da cultura local. Lembrou de alguns investimentos que já foram feitos mas lembrou que muito ainda tem a ser feito, principalmente no que se refere aos artistas locais de Vitória da Conquista.
[caption id="attachment_13849" align="alignright" width="300"] Date Sena[/caption]O artista plástico Date Sena, defendeu o investimento no artista plástico: “O músico ganha cachê, mas o artista plástico é chamado para divulgar o trabalho e o artista plástico não tem conta para pagar?” Norma Eliete, educadora musical, coordenadora do Conservatório Municipal, defendeu que o PL atinja também às escolas de música particulares. “É importante que as escolas particulares também se envolvam porque fazem parte da cidade”, disse ela, que também dirige uma escola particular.
[caption id="attachment_13850" align="alignleft" width="300"] Raiza Lelis[/caption]A jovem Raíza Lelis, 27 anos, disse que aos poucos tenta compreender o que é cultura. Afirmou que soube da Audiência através de sua mãe, que é produtora cultural. Para ela, falta uma compreensão do que é cultura. “Cultura fala das relações de gênero, diversidade sexual, mercado, comércio, arte, política”. Acrescentou que “a prefeitura age no sentido de ser mãe e pai da comunidade, mas como se fossem analfabetos ensinando o filho a escrever. Temos que buscar capacitação, conhecimento, se não vamos construindo, criando coisas que travam mais do que contribuir”.
[caption id="attachment_13851" align="alignright" width="300"] Márcio Higino Meira de Melo[/caption]O Ouvidor Geral da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, Márcio Higino Meira de Melo, disse que a discussão é uma homenagem a democracia. “Por causa dela estamos aqui, livremente, com reconhecimento e críticas”. Sobre a questão levantada sobre o som das músicas em bares, sugeriu que “que haja um artigo ou capítulo da lei, que esses que vão medir sejam treinados e qualificados, porque criam dificuldades e fecham estabelecimentos”. Destacou que se trata de um avanço. “Nossas origens foram da violência, A Conquista do Sertão da Ressaca. A partir daí um processo que culmina no estágio em que estamos. Não é perfeito, mas há avanços”. Acrescentou que a cultura é sofisticada e complexa e nem todos têm a oportunidade de receber e interagir. Ela eleva a alma, educa a sociedade e reduz a violência. A proposta será aperfeiçoada com as intervenções aqui feitas”.