Na sessão desta quarta-feira (20), o Líder da Bancada de Oposição, vereador Arlindo Rebouças (PROS), falou sobre a responsabilidade dos vereadores e disse que cada um tem que trabalhar à sua maneira. “Eu já travei até hoje várias lutas nessa tribuna. Quem não se lembra da barragem dos Campinhos, onde o prefeito queria tirar aquela comunidade? E eu junto com a comunidade impedi que a comunidade fosse retirada e impedi que o município fosse endividado por 20 anos. Um dia apresentei a indicação para a retirada de eucaliptos do DNIT, um senhor veio aqui e me disse um monte de desaforo, dizendo que pertencia ao patrimônio da cidade. No dia em que caiu e quase matou um tiraram correndo. Prova que o vereador tinha razão naquela época. O Colégio Modelo nós travamos uma briga para ser na Vila Serrana, mas fizeram na Avenida Luís Eduardo. E aí fez aquele elefante branco. A CPI do Incra nós fizemos e provamos que o governo desviou mais de 700 mil reais na época, o MP aceitou a denúncia e o prefeito foi condenado em Vitória da Conquista e em Salvador, e quase dez anos depois o processo foi arquivado. O Centro Cultural do Banco do Nordeste não veio por teimosia do prefeito, que teimou em escolher o local inapropriado. A quebra do transporte do transporte coletivo, até hoje não entendo porque não conseguimos. A cobrança indevida do ISSQN, que foi uma guerra nesta Casa. A Praça da Juventude fui contra, porque aquele local é indevido”.

O vereador ainda citou o problema de drenagem de Conquista, e a tranformação do Hospital Esaú Matos em fundação. Segundo o parlamentar, todas as questões citadas por ele foram reclamadas e posteriormente as pessoas descobriram que ele tinha razão em questionar. Para Arlindo Rebouças, os resultados das decisões da Administração Municipal serão vistos no futuro e a população vai entender as suas reclamações e perceber que ele estava certo.

Transporte coletivo - Segundo Arlindo Rebouças, lutar contra o poder é difícil. Para ele, a política nacional do PT é "nazista". “Se eu não posso discutir na legalidade eu vou menosprezar meu adversário para que o povo não acredite nele. Essa é tática, é o que está acontecendo agora com Joaquim Barbosa, que pela primeira vez estamos vendo muita gente do colarinho branco na cadeia, não importando o partido. Seja qual for o partido ladrão tem que ir para a cadeia”.  

Arlindo disse que solicitou do município o parecer de um contador sobre a legalidade da empresa Cidade Verde, mas o município se recusou a fazer. Falou ainda que tem um parecer do professor João Aristides de Moraes, professor de auditoria da UFBA, dizendo que esse parecer é falso. “O juiz deu um parecer para verificar o caso, mas quando foi ontem o juiz cassou a liminar e não julgou o mérito ainda. O mérito é o mesmo da empresa Serrana, que apresentou um documento falso. O que eu faço é o que determina a legislação, é fiscalizar, doa a quem doer. Tem que ter coragem para lutar contra a máquina, mas eu não vou me agachar. Se a justiça falar que está correto nós vamos aceitar. Tantas coisas que lutamos e com o passar do tempo tínhamos razão. É muito fácil ficar de braço cruzado sem gastar um real com engenheiro, advogado, mas eu não fui eleito para isso não. Eu vou fazer o meu papel”.

Explicações Pessoais - Após o encerramento da utilização da tribuna pelos parlamentares o vereador Arlindo Rebouças utilizou o espaço para rebater a fala do vereador Florisvaldo Bittencourt e disse que o líder do governo utiliza a tribuna para mentir, e pediu que ele prove que o balancete da empresa Cidade Verde estava correto. Pediu ainda que o colega parlamentar discuta a cidade em outro nível. Afirmou, ainda, que Florisvaldo mente ao afirmar que o ministro Joaquim Barbosa teria sido o autor do arquivamento da denúncia contra o prefeito Guilherme Menezes por causa da CPI do Incra.

Por Flávia Rezende