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Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional são celebrados na Câmara

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22/10/2013 22:35:00


Na noite desta terça-feira (22) a Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista celebrou em audiência pública o Dia do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional. Os profissionais debateram valorização da profissão e a garantia de melhores condições de trabalho, além do aumento do número de contratações para o setor público e privado.

Autor do requerimento que originou a audiência, o vereador Professor Cori (PT), destacou a importância do reconhecimento da profissão e sua atuação nas mais diversas áreas, e ressaltou a contribuição que estes profissionais podem oferecer à área educacional, orientando para que os alunos que necessitem deste atendimento especializado possam ter garantido seu espaço adequado de aprendizagem. “O tempo de aprender não espera e é preciso acompanhar a evolução cognitiva”. Foi ainda sugerido pelo vereador a criação de uma semana no calendário do município para valorização e debate de melhorias para categoria.

A terapeuta Glícia Miranda falou sobre a atuação dos terapeutas ocupacionais na reabilitação física e mental dos pacientes e do trabalho que desenvolvem para reintegrá-los à sociedade. Glícia, que implantou o serviço de intervenção precoce na Apae, chamou atenção para a percepção da necessidade de um terapeuta para todas as pessoas com algum comprometimento físico, neurológico e mental, para viabilidade de uma vida mais saudável.

Solicitou ainda apoio da Câmara para implantar uma faculdade de Terapia Ocupacional em Conquista, fato que poderia estimular a contratação de profissionais para atuarem nas diversas áreas que são carentes de terapeutas. Sobre a relação entre a fisioterapia e a terapia ocupacional, afirmou que cada área tem um olhar diferenciado. “Somos profissões irmãs. Nosso objeto de estudo é o fazer humano”.

Milena Carvalho, terapeuta ocupacional, falou sobre a atuação com crianças e explicou como os profissionais trabalham através do ato de brincar da criança, fator tomado como base para avaliação das necessidades do paciente. Falou sobre as formas de abordagem para os diversos tipos de manipulações com as diferentes necessidades dos pacientes.

Também terapeuta, Amanda Dourado, destacou o trabalho com adultos, que tem o enfoque no lazer, onde as atividades passam a ser terapêuticas, pois tem um objeto de observação, e que, ao final, buscam proporcionar maior autonomia e independência nas atividades mais simples, mas que fazem toda diferença na vida do paciente.

Sobre sua função na Secretaria de Educação, a terapeuta ressaltou o uso de tecnologias assistidas e adaptação de mobiliário, além da formação continuada para professores e cuidadores, como ações importantes desenvolvidas na área educacional em Conquista.

A fisioterapeuta Maria Celene de Andrade, disse que procurou mobilizar a realização da audiência por ter um espírito de luta constante e perceber a necessidade de conclamar a juventude a brigar para que os direitos dos terapeutas e fisioterapeutas sejam colocados em prática. “Temos a necessidade de reconhecimento, de mais profissionais, de aumento do piso salarial”, afirmou, colocando as principais reivindicações das duas categorias.

Rita Pithon, fisioterapeuta, disse que a maior necessidade é ter o reconhecimento público e que o momento da audiência é único. Rita falou sobre a terapia hospitalar no setor público e como foi a implantação do serviço no Hospital de Base. “A fisioterapia cresceu muito, mas ainda temos a necessidade de mais profissionais”. Solicitou ainda a união da classe e luta da categoria, para o fortalecimento destes profissionais. “Precisamos ser reconhecidos e melhor remunerados”.

O fisioterapeuta Robson Oliveira destacou os aspectos inerentes a atenção básica, atuando na saúde coletiva, ressaltando a luta constante para garantir a carga horária de 30 horas. Falou também sobre as ações específicas com conhecimentos diferenciados dos demais profissionais de saúde, destacando que hoje já existe um respeito e um reconhecimento da importância da atuação dos terapeutas e fisioterapeutas, pois os médicos solicitam a visita ou a avaliação de destes profissionais. “O meu diagnóstico é diferenciado e não é mais desprezado”, afirmou.

Pe. Edilberto, diretor da Fundação Esaú Matos, afirmou que é preciso valorizar todas as áreas de conhecimento. “Não podemos viver sem reconhecer o valor de todas as profissões”.  O religioso fez uma comparação sobre a profissão e o sal, citando passagens bíblicas para motivar os profissionais a fazerem diferença na sociedade através da sua área de atuação.

O vereador Edjaime Rosa/Bibia (PMDB) disse que os profissionais de saúde ganham pouco e precisam ser valorizados, ressaltou ainda que a Câmara está trabalhando de forma constante para aprovar projetos que invistam recursos na saúde, tanto para a valorização do profissional, quanto para melhoria das condições de trabalho nas unidades públicas de saúde.



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