Na audiência pública que comemorou o Dia Nacional do Surdo e debateu políticas públicas para os deficientes auditivos, os vereadores falaram sobre a importância de ações efetivas de inclusão desta categoria. A audiência pública foi uma iniciativa do mandato do vereador Arlindo Rebouças (PMN).

O vereador Edjaime Rosa/Bibia (PMDB) falou da dificuldade de comunicação com os surdos e sugeriu a criação de uma associação para que os próprios deficientes auditivos possam cobrar seus direitos.

O vereador Ricardo Babão (PSL) elogiou a iniciativa da audiência e reconheceu que os vereadores devem realizar audiências públicas seguindo o exemplo do tema pautado na manhã desta quinta-feira. “Devemos valorizar essas pessoas que mais precisam da compreensão e do trabalho desta Casa. É um prazer muito grande participar dessa audiência, pois nos alerta sobre as necessidades dessa comunidade, porque até para nós vereadores, receber uma pessoa com problema de audição é complicado, mas sabemos que essas pessoas também precisam cobrar melhorias, que precisam do nosso mandato”.

O vereador Florisvaldo Bittencourt (PT) destacou a suavidade e beleza presente na forma como os deficientes auditivos se comunicam, e disse que a acessibilidade deve ser uma realidade em todos os níveis de políticas públicas, sendo atuais e constantes para atender todos os surdos.

O vereador Álvaro Pithon (DEM), pediu que todos os anos a Câmara repita a iniciativa do vereador Arlindo Rebouças e comemore o Dia Nacional do Surdo. “Essa audiência está de parabéns. Sabemos das dificuldades enfrentadas pelos surdos, mas sabemos que muito tem sido feito para mudar essa realidade, e nós vereadores temos que fazer a nossa parte”. Para o vereador, a comunidade surda deve ter os seus direitos respeitados, e não deve ser vista como diferente pela sociedade, pois todos são capazes de fazer as mesmas coisas que qualquer outra pessoa.

O vereador professor Cori (PT) destacou a importância de trazer para pauta da Casa um tema tão importante como a inclusão dos surdos e informou que no Senado tramitam diversas leis que buscam garantir direitos aos surdos, como a lei que pretende assegurar aos familiares a escolha da escola onde o surdo deve estudar.

Falou ainda sobre o debate a respeito do melhor modelo de educação para os deficientes auditivos - escola bilíngue, que tem a Libras como primeira língua, ou escolas inclusivas, com um técnico presente em sala de aula.

“Temos que fazer um debate mais amplo. Democracia é valorizar o ser humano oferecendo a opção de escolha. As discussões devem ser ampliadas para que possamos encaminhar ao MEC o resultado do debate feito em Vitória da Conquista. Temos que discutir a ampliação dos serviços para garantir a mobilidade de todos, garantindo recursos para a implementação destas políticas públicas de inclusão”, disse.