Os desportistas que participaram da audiência pública promovida pela Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (15) foram unânimes em defender a criação de uma Secretaria Municipal de Esportes para promover políticas de incentivo ao esporte amador e profissional. O professor de vôlei, Sérgio Medeiros, foi enfático ao declarar sua posição sobre o assunto. “Estamos aqui tentando criar uma secretaria porque precisamos fazer alguma coisa pelo esporte da nossa cidade. O esporte tem que ser incentivado desde cedo, e a prefeitura deixa muito a desejar porque a criança tem que começar a praticar no ‘infanto’, depois no juvenil até chegar à seleção. Aqui é um celeiro, temos um material humano muito grande”.
 

O campeão de jiu-jitsu Jhon Veiga cobrou mais incentivo ao esporte. “Sou atleta e percebo que hoje a nossa cidade tem um número muito grade de atletas de jiu jitsu e MMA que representam a cidade por todo o mundo, mas não têm apoio para levar o nome de Conquista. Há um descaso nesta área e falta reconhecimento”. O lutador também destacou o projeto que mantêm ao lado do pai, “Tatame para crescer”, que nunca recebeu apoio de nenhum órgão do governo embora esteja levando benefícios à população conquistense.
 

A prática de exercícios físicos e os seus benefícios tiveram destaque na fala do presidente da Liga Conquistense de Desportos Terrestres/LCDT, Leonésio Alves, que acredita no poder do esporte como transformador social e define a prática esportiva como uma questão de saúde pública e educação. “O esporte deve ser incutido na criança, com competições entre escolas públicas e particulares. Em Conquista, equipamentos existem, temos o Estádio Edivaldo Flores, várias quadras cobertas, o ginásio da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia/Uesb, da AABB, do Sesc, do  Bairro Jurema e dos colégios particulares. O que faltam são ações, pessoas para organizar, para engajar”, afirmou, lembrando que não adianta criar uma secretaria se não existirem ações. 
 

Para o professor de Educação Física, Sinvaldo de Oliveira, Vitória da Conquista precisa melhorar muito no esporte no sentido da organização. “Conquista precisa de uma Secretaria de Esportes, não consigo entender como ainda não tem. A gente tem orgulho de ser campeão em várias modalidades e eu peço ao prefeito que faça logo a secretaria para fomentar o esporte”, disse.
 

O promotor de eventos esportivos, Marcos Lelis, há vinte anos ligado a causas relacionadas ao esporte, afirmou que os desportistas não precisam mais de reuniões e sim da criação de uma secretaria específica. “Temos os melhores em todas as modalidades, temos os melhores no judô, no karatê, temos os melhores árbitros, temos Minotauro e Minotouro, mas, sem uma secretaria, nunca teremos atletas se destacando fora de Conquista. Com falta de apoio não tem como. Tenho certeza que hoje temos a Câmara de Vereadores com o maior número de desportistas na história e sabemos que os vereadores estão nesta causa”.
 

O coordenador municipal de Esporte e Lazer, Juarez Costa Júnior, parabenizou a Câmara Municipal por levantar a bandeira do esporte, que segundo ele pode ser uma profissão, um instrumento de inclusão social e de transmissão de valores éticos. “Para mim o esporte é uma religião. Atualmente a coordenação de esportes já apresentou algumas conquistas e está sempre tentando alcançar melhoria para a nossa cidade. Neste momento, estamos na iminência de receber o Centro de Iniciação Esportiva, local onde serão praticadas várias modalidades de esporte, a ser instalado nos bairros Patagônia e Miro Cairo”, afirmou.
 

O professor de Educação Física e representante das academias conquistenses, Fábio Grisi, acredita que a iniciativa da audiência é de fundamental importância para Vitória da Conquista. “A atividade física funciona como prevenção da doença. Enquanto o médico cura, a gente previne. A gente tenta motivar as crianças, às vezes até vemos motivação dos pais, mas não vemos locais. Temos que ter esse cuidado porque quem não pratica atividade corre mais risco de ter doenças. Estamos aqui para defender a criação da secretaria porque quem sabe a gente vai transformar as crianças obesas em crianças sadias”, concluiu.