Imagem Vereadores comentam produção de eucalipto na região Sudoeste

Vereadores comentam produção de eucalipto na região Sudoeste

Arquivo

23/03/2012 11:45:00


Na sessão desta sexta-feira (23), que discutiu o plantio de eucalipto na região Sudoeste da Bahia, o vereador Álvaro Pithon (DEM) lamentou o mau atendimento que os produtores recebem no Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA). Pithon afirmou que funcionários que atuam no Instituto deveriam atender aos produtores com mais respeito. O vereador afirmou, ainda, que o eucalipto é elemento fundamental para a indústria e, consequentemente, para o comércio. “Espero que o Governo do Estado dê mais atenção aos produtores de eucalipto”, disse.

O  vice-presidente da Câmara, vereador Hermínio Oliveira (PDT), também lamentou a ausência de coordenadores do INEMA na sessão, numa demonstração de falta de respeito para com Vitória da Conquista. O parlamentar sugeriu a aprovação de uma moção de repúdio contra o INEMA e destacou a urgente necessidade de soluções definitivas para a demora em liberar licença ambiental para a plantação, produção e comercialização de eucalipto em Conquista.

O vereador Joel Fernandes (PTN) afirmou que a pecuária causa mais prejuízos para o meio ambiente que o plantio de eucalipto. Fernandes afirmou que é preciso discutir a questão com responsabilidade, especialmente no que diz respeito à postura do INEMA, que recebeu duras críticas durante a sessão. “Precisamos do plantio do eucalipto para o progresso de nossa cidade”, disse.

O vereador Hudson Castro (PCdoB) também afirmou que o assunto deve ser discutido com cautela, “pois ainda existem mitos em relação ao cultivo do plantio de eucalipto”. O parlamentar disse que a Câmara também deve lutar pela cultura da mandioca e de outros produtos regionais. O parlamentar também lamentou a ausência de representantes do INEMA.

O líder do governo na Câmara, vereador Gildásio Silveira (PT), afirmou que as discordâncias em relação ao cultivo do eucalipto devem ser discutidas com responsabilidade. O parlamentar ressaltou a importância do eucalipto na indústria e construção civil. “Temos de cumprir o papel da Câmara e fazermos os devidos encaminhamentos para o desenvolvimento de nossa região. Isso não pode ser empecilho para o desenvolvimento de nossa cidade e região”, declarou.

Para o vereador Luciano Gomes (PR) é preciso desmistificar as informações sobre o plantio do eucalipto. O parlamentar afirmou que a cultura do eucalipto é uma alternativa para a demanda da indústria e construção civil, “sem a necessidade de acabar com o resto de mata nativa ainda existente”. Gomes, que é presidente da Comissão de Agricultura, afirmou que o eucalipto é uma saída para o desenvolvimento de Vitória da Conquista.

O  líder da bancada de situação, vereador Gilzete Moreira (PSB), afirmou que outras regiões da Bahia, que cultivam o eucalipto, têm alcançado bons resultados. O parlamentar disse que a Câmara deverá entregar ao governador Jaques Wagner documento solicitando maior celeridade na liberação de licenças para cultivo do eucalipto.

O vereador Arlindo Rebouças (PMN), autor da sessão especial, afirmou que a discussão foi produtiva, pois permitiu o debate sobre o tema. O parlamentar afirmou que uma comissão de vereadores entregue ao governador Wagner documento a ser elaborado, solicitando uma solução definitiva para a burocracia para liberação das licenças.

Assunto deve ser discutido com cautela - O vereador Ademir Abreu (PT) afirmou que a plantação extensiva de eucalipto tem contribuído para a devastação da fauna e flora brasileira. O parlamentar destacou que milhões de hectares estão sendo ocupados pela produção de eucalipto, tornando improdutivas terras que produziam alimentos. “Esta questão precisa ser pensada com cautela, pois podemos estar contribuindo para acabar com nosso ecossistema”, afirmou.

O vereador Beto Gonçalves (PV) afirmou que o eucalipto é encarado como um vilão, pois tem “tirado o direito de existir das outras culturas”. Para o parlamentar, a plantação de eucalipto não é a solução para os problemas econômicos da região. “O debate precisa ser mais amplo, com esclarecimentos técnicos sobre o cultivo do eucalipto”, disse, destacando os malefícios que o eucalipto pode causar ao meio ambiente. “A Comissão de Meio Ambiente da Câmara deve analisar o documento que será entregue ao governador. Este é um assunto que deve ser discutido com muita cautela”, declarou.



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