Na sessão desta quarta-feira (31), o professor Maximiliano Coelho, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), falou, na tribuna livre, sobre a greve dos professores da instituição. Segundo Coelho, “não há como expandir uma rede sem ampliar o número dos servidores”. O professor apresentou uma pauta de reivindicações baseada nas perdas salariais acumuladas em mais de dez anos, em perdas trabalhistas, e na total ausência de política salarial para a classe.

“É bom ressaltar que o IFBA tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida da população”, declarou, ressaltando que Vitória da Conquista tornou-se pólo educacional, “e o IFBA desempenha papel fundamental neste processo”. O professor cobrou a realização de concurso público para preencher vagas de técnicos administrativos e professores.

O líder da bancada de oposição, vereador Arlindo Rebouças (PMN), afirmou que o Governo Federal não investe em educação, reflexo da falta de compromisso para com a sociedade. Rebouças lamentou o corte de gastos, por parte do Governo do Estado, de recursos para a educação superior e também lamentou a falta de concurso público em instituições federais, como o IFBA.

O parlamentar destacou que o fato de Vitória da Conquista estar alinhada politicamente com o PT,  não resultou em benefícios para a cidade. “Com a greve do IFBA, por exemplo, não vi nenhum representante político da cidade se pronunciar e lutar pela educação. Nossos deputados devem uma explicação para Conquista”, declarou, enfatizando que o único dispositivo que está disponível para os professores é a greve.

O vereador Ademir Abreu (PT) parabenizou a luta dos professores e cobrou do Governo Federal maior atenção para com a educação. Criticou a precarização do trabalho do professor e defendeu a realização de concurso público para preenchimento do cargo de professores. “Para que o sistema funcione bem deve haver salários justos e valorização dos professores”, disse, colocando seu mandato à disposição da categoria.