A Câmara Municipal realizou, nesta quarta-feira (18),  sessão especial para discutir os problemas enfrentados por motoristas e pedestres no Anel Rodoviário Jadiel Matos, em Vitória da Conquista. A sessão foi uma iniciativa conjunta dos mandatos dos vereadores Hermínio Oliveira (PDT) e Fernando Vasconcelos (PT).

O vereador Hermínio afirmou que a Via Bahia ganhou a concessão para administrar a BR-116, principal rodovia de Vitória da Conquista. O parlamentar destacou que a empresa vem cobrando preços absurdos aos motoristas que trafegam pelo local e cobrou melhorias urgentes na infraestrutura da rodovia.

Segundo o parlamentar, diversos acidentes fatais já foram registrados no anel rodoviário, além dos constantes assaltos. “É preciso construir viadutos, passarelas e investir em iluminação pública”, disse, solicitando uma posição dos representantes da Via Bahia quanto às cobranças da população.

O presidente da Câmara vereador Fernando Vasconcelos, destacou a importância do anel rodoviário para a melhoria do fluxo do trânsito no perímetro urbano, ao desviar o tráfego de caminhões e carretas. Vasconcelos ressaltou os constantes acidentes com mortes, que ocorrem no anel rodoviário. Para o parlamentar, é preciso implementar medidas que reduzam as ocorrências.

O vereador comentou alguns acidentes fatais que chocaram a cidade e ressaltou que é preciso discutir o assunto com o objetivo de encontrar soluções possíveis para que os índices de acidentes sejam reduzidos. “A Câmara protagoniza este debate, com a união de todos”, disse, ressaltando que a construção de viadutos é o grande anseio da população. “A lombada eletrônica também é uma alternativa para que os acidentes sejam reduzidos”, declarou.

Para Jorge Chagas, inspetor da Polícia Rodoviária Federal, os problemas no anel rodoviário estão apenas começando, pois a área está sendo urbanizada sem o devido planejamento, o que aumenta o risco de acidentes. Chagas ressaltou as responsabilidades da Via Bahia na implantação de ações que reduzam os acidentes. “É preciso questionar o que realmente a Via Bahia está fazendo. Vamos planejar melhor e pensar seriamente sobre a urbanização da área em torno do anel rodoviário”, declarou.

Roberto Carvalho, coordenador municipal de infraestrutura, disse que a ausência de viadutos contribui para a ocorrência de acidentes fatais, especialmente nas saídas da cidade. Carvalho afirmou que a realização das obras devem ser efetivadas em caráter de urgência. “É importante implantar medidas preventivas para que acidentes sejam evitados, principalmente neste momento em que a cidade está num processo de crescimento", disse.

André Cairo, presidente do Movimento Contra a Morte Prematura (MCMP), afirmou que sempre protestou contra a falta de atenção do poder público para com os problemas do anel rodoviário. “As pessoas estão morrendo antes do tempo por causa dos acidentes fatais na BR - 116”, declarou, cobrando da Via Bahia soluções definitivas para os problemas.  

O engenheiro Paulo Henrique, que representou a Via Bahia na sessão, afirmou que a empresa não teve tempo hábil em enviar representante da diretoria. Henrique lamentou a ausência de representantes da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para que o debate fosse enriquecido. O engenheiro afirmou que, de acordo com o contrato assinado, não compete à Via Bahia a construção de viadutos no anel rodoviário.

Sobre a iluminação da rodovia, Paulo Henrique afirmou que vai enviar a solicitação à diretoria da empresa, que também deverá fazer um estudo de tráfego para analisar a viabilidade da implantação de redutores de velocidade e construção de passarelas. “A Via Bahia deve atender, dentro do possível, aquilo que está constando no contrato de concessão”, disse.

Paulo Cezar Oliveira, Coordenador Geral do Departamento Nacional de Infraestrura de Transporte (DNIT), afirmou que compete à ANTT fiscalizar o trabalho da Via Bahia. Oliveira afirmou que o DNIT vai avaliar a viabilidade da implantação de lombadas eletrônicas. “Infelizmente não contamos com a presença de representantes da ANTT”, disse.