A Câmara Municipal realizou, nesta quarta-feira (16), sessão especial para discutir a Campanha da Fraternidade 2011. A sessão foi uma iniciativa do mandato da vereadora Lúcia Rocha (DEM), com o apoio dos vereadores das bancadas de situação e oposição.

Com o tema Fraternidade e a Vida no Planeta, a Campanha da Fraternidade 2011 chama a atenção para assuntos relacionados ao meio ambiente, aquecimento global e causas e consequências das mudanças climáticas. Trata-se de uma iniciativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que mobiliza os católicos de todo país.

A vereadora Lúcia Rocha parabenizou a Igreja Católica pela iniciativa em realizar a Campanha da Fraternidade sobre questões que envolvem a preservação do meio ambiente. A parlamentar ressaltou a necessidade de refletir sobre o tema, que diz respeito à sobrevivência do homem no planeta. “O refrão do hino da Campanha nos diz que a criação nada mais é uma prova concreta do amor de Deus para conosco”, disse.

Rocha lamentou a disseminação do mal e destruição, que tanto deterioraram a natureza. “A Terra precisa ser respeitada. É preciso criar um novo tempo, com um mundo mais humano, com amor e fraternidade. O tema proposto pela CNBB é um grito de socorro”, declarou a vereadora, destacando o início da quaresma da Igreja Católica.

Para Luciano Santana, presidente da Cáritas da Arquidiocese de Vitória da Conquista, é preciso repensar os rumos que o planeta vem tomando, especialmente com a interferência destrutiva da ação humana. “A CNBB nos desafia a fazer uma reflexão profunda sobre a nossa vida no planeta”, disse, ressaltando que a Igreja Católica tem se voltado para questões relacionadas à realidade social do Brasil.

Santana defendeu a construção de uma sociedade mais humana e fraterna, e criticou o modelo de desenvolvimento que esgota os recursos naturais em função do lucro e do bem-estar de poucos. “É preciso firmar compromisso concreto em preservar aquilo que ainda nos resta”, afirmou. Segundo Santana, fruto de uma parceria da Cáritas e UESB, o Projeto Pedras Preciosas visa atender 40 famílias catadoras de material reciclado do bairro Pedrinhas.

O secretário Municipal de Administração, Eliabe Gouveia, afirmou que é preciso colocar em prática ações que realmente preservem o planeta. Gouveia destacou que o exercício da fé também deve estar voltada para a preservação da vida. “Não podemos pensar nesse planeta sem pessoas. O grito da Campanha da Fraternidade convoca todos à reflexão dos mecanismos que, motivados pela fé, passemos a agir de maneira prática, voltada para a preservação do meio ambiente”, declarou.

Segundo o padre João Santos Cardoso, coordenador que representou o arcebispo metropolitano Dom Luiz Gonzaga Silva Pepeu, a Campanha da Fraternidade tem um caráter educativo. O padre afirmou que é preciso ter uma consciência ética no consumo dos recursos naturais. O aquecimento global, as mudanças climáticas, contaminação da água potável e a degradação ambiental foram pontos comentados por Cardoso.

O padre alertou para as consequência da degradação ambiental. “Não podemos deixar de agir em prol da saúde do nosso planeta. São questões que tocam na vida de todos nós”, declarou, apontando o modelo econômico vigente como um dos principais fatores que contribuem para a destruição ambiental.