Na sessão desta sexta-feira (11), o diretor do Sindicato do Magistério Público Municipal (SIMMP), César Nolasco, falou na tribuna livre sobre a greve dos professores municipais. Segundo o professor, os salários estão defasados e não condizem com a carga horária de trabalho da categoria. “O piso salarial dos professores de Vitória da Conquista está abaixo do piso nacional e é um dos mais baixos da Bahia”, declarou.
O sindicalista afirmou, ainda, que na gestão do ex-prefeito Pedral Sampaio, o salário inicial dos professores equivalia a dois salários mínimos. Ressaltou que não há valorização devida dos professores graduados ou pós-graduados, o que mobiliza a categoria para o movimento grevista.
“O Governo Municipal alega a Lei de Responsabilidade Fiscal para não reajustar os salários dos professores, mas os números mostram o contrário”, disse, criticando a Prefeitura por contratar professores sem concurso. Nolasco ressaltou a necessidade de uma auditoria nas contas públicas da administração municipal.

O líder da bancada de oposição, vereador Arlindo Rebouças (PMN), lamentou a desvalorização dos professores municipais, ressaltando que o valor extra oferecido aos professores que já concluíram o doutorado é de apenas R$ 80. Para Rebouças, a Secretaria Municipal de Educação deve repensar a política pública voltada para os docentes.

O líder do prefeito na Câmara, vereador Fernando Jacaré (PT), ressaltou que é preciso realizar um amplo debate sobre a situação da educação municipal e sugeriu que um vereador seja designado para acompanhar a mesa de negociações com a Prefeitura. “Não somos inimigos, nem estamos contra os professores, pois o governo quer a melhoria da educação no município”, declarou.