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Tribuna Livre: Moradores de Bate Pé pedem melhorias no Distrito

Arquivo

27/08/2015 08:00:00


Na sessão itinerante realizada pela Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC), realizada no Distrito de Bate Pé nessa quarta (26), os vereadores ouviram as reivindicações dos moradores da localidade. O presidente da CMVC, Gilzete Moreira (PSB) disse que tudo o que foi sugerido seria repassado ao executivo e que haveria uma resposta à comunidade.

O representante da região de Amargoso e Bate Pé e presidente da Associação dos Moradores de Amargoso, Benígno Ferreira dos Santos Neto, agradecendo ao vereador Andreson Ribeiro (PCdoB) “sempre presente na comunidade. Momento elegante, de alegria para todos, para os vereadores, acontece de ano a ano, para cobrar nossas reivindicações. Quero agradecer e peço a todos que cobrem suas reivindicações”.

Itamara Ribeiro, estudante e moradora do distrito, ocupou espaço na Tribuna Livre e falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos estudantes do ensino médio na região.

De acordo com a estudante, o distrito não possui uma estrutura necessária para oferecer aulas para os estudantes de ensino médio. A única estrutura disponibilizada não possui energia elétrica nas salas de aula. Além disso, os estudantes não têm acesso a biblioteca e em alguns casos, duas turmas ocupam uma mesma sala. Ela também destacou que muitos estudantes passam por dificuldades com o transporte para a escola.

Itamara pediu que fossem disponibilizados outros turnos de aula, já que só há aulas no noturno, o que faz com que estudantes de 13 anos assistam aula durante a noite, o que, para ela, é inadequado. Ela apontou ainda que o número de estudantes cresce a cada ano, aumentando a demanda por estrutura de melhor qualidade. A estudante agradeceu à Câmara pela abertura do espaço para que a população apresentasse as suas demandas.

Já o Valdir Silva solicitou apoio dos vereadores para que uma escola agrícola seja instalada na região, uma forma de capacitar os jovens da zona rural e ainda fomentar a agricultura regional. Silva também solicitou revitalização das unidades escolares do distrito e adjacências, muitas, segundo ele, estão abandonadas. “É disso que precisamos”, disse.

Seu Manoel Dias dos Santos, falou sobre o posto de Bate Pé. “Não tem saúde aqui. A doutora está de férias e parece que deram férias as doenças também. O posto vive fechado, a equipe chega aqui as 10:30 e meio dia fecha para para almoço. Depois abre às 14 horas e fecha às 17 horas”. Seu Manoel completou dizendo que “não tem nem uma auxiliar de enfermagem para medir nossa pressão”.

O representante da Secretaria de Agricultura, Giovani Rocha, disse que é “um prazer para Bate Pé, a sessão itinerante para comunicar as necessidades da região”. Destacou que o poder executivo municipal tem ações “sempre presentes na região”. Ele explicou que a secretaria de agricultura implantou na região de 2013 até agora, 07 grandes barragens totalizando100 milhões de litros de água. “Das 20 barragens em Conquista, a 20ª está na região de São Mateus com 200 milhões de litros da água”. Destacou também o manilhamento feito em Gameleira e de São Joaquim. “Na secretaria há um corpo técnico a disposição da comunidade para implementar seu trabalho ajudando na agricultura familiar”. Finalizou dizendo que as solicitações são legítimas e “vamos procurar resolver da melhor maneira possível”.

O morador do distrito, Valzionor José de Mota destacou uma série de demandas da população local. Segundo ele, há problemas na saúde, ausência de pavimentação nas ruas e também no recolhimento de lixo.

Sobre a saúde, Valzionor apontou que a situação da saúde no distrito é precária, faltando pessoal de atendimento suficiente para suprir as demandas da população da região de Bate-Pé, principalmente durante a noite.

O morador apontou que a população ainda espera que as ruas do distrito sejam pavimentadas e que a rodoviária seja utilizada, já que segundo ele o espaço está abandonado servindo como esconderijo e local de bagunça.

Além disso, ele pediu que os membros do Poder Legislativo Municipal cobrassem dos poderes Executivo Municipal e Estadual e também do Legislativo Estadual a construção de um colégio estadual com a estrutura ideal para o atendimento da população da região de Bate-Pé.

O universitário Givanildo Rivas, que se intitula líder e defensor dos interesses públicos, usou a Tribuna Livre para fazer várias reivindicações. Rivas solicitou apoio dos vereadores para o projeto de pavimentação asfáltica da estrada que liga Bate Pé ao Pradoso. Ele lembrou que essa é uma luta também da vereadora Lúcia Rocha (DEM). “Eu quero pedir aos vereadores que abracem essa causa do distrito de Bate Pé”, disse. O estudante também cobrou da Prefeitura Municipal a oficialização da doação de um terreno para construção de uma escola estadual. Segundo ele, a Secretaria Estadual de Educação não construiu a escola ainda pela falta do terreno.

Givanildo Rivas ainda questionou a promessa de construção de uma barragem no povoado de Santa Rita: “Gostaria que os vereadores fizessem um levantamento dessa situação, pois essa barragem é um investimento de grande sucesso para o território de Bate Pé”, detalhou. Em sua fala, também cobrou apoio da Câmara para agilizar a instalação de uma antena de telefonia móvel. Ele informou que os moradores fizeram um abaixo assinado solicitando o serviço à operadora Vivo que, em resposta, informou que necessita de autorização da prefeitura para instalar a antena.

A união dos vereadores foi um pedido feito por seu Domingos Cruz Silva, representante da Associação, da Igreja e sindicato. “Gostaria de ver esses 21 vereadores unidos, que se façam presente nas localidades e isso só se dá com a união da oposição e situação”.  Ele lembrou ainda, que os vereadores são representantes do povo e por isso “precisam esta presente nos distritos para ver de perto as dificuldades e problemas da população”.

O morador Antônio Figueiredo afirmou que repetiria o que havia sido dito anteriormente sobre o asfalto da estrada que liga Bate Pé ao Pradoso. “Nossa prioridade número um. Não adiante jogar pedra em alguém. É preciso que se unam e busquem junto a seus deputados. Abracem conosco essa grande obra”.

O presidente do Sindicato dos Pequenos Produtores Rurais de Vitória da Conquista, Júnior Figueiredo, fez uma fala de agradecimento ao Governo Municipal pelas demandas que já foram atendidas.

Segundo ele, 11 barragens foram construídas na região de Bate-Pé, fortalecendo os agricultores familiares. Júnior pediu união por Bate-Pé, que segundo ele tem uma renda importante para o Munícipio de Vitória da Conquista.

Júnior ressaltou que a CMVC possui uma Comissão Parlamentar de Agricultura, que em conjunto com o sindicato e a Secretaria Municipal de Agricultura trabalha por projetos de fortalecimento da agricultura familiar, inclusive em busca da titulação das terras, que dará aos agricultores o direito sobre a terra onde moram.

O presidente da Associação de Olho D’agua da Serra e Salobra, Adelmário Ribeiro, queixou-se que “são muitas promessas e poucas realizações”. Ele ressaltou que, como presidente de associação, possui inúmeros ofícios de solicitações feitas à gestão pública e que não foram atendidas, algumas têm mais de quatro anos de espera. Uma delas é a construção de uma barragem que, segundo ele, o prefeito Guilherme Menezes e chegou até a orientar a comunidade a escolher o local. Ribeiro ainda engrossou o coro de reinvindicações pelo asfaltamento da estrada de Bate Pé ao Pradoso. Outra questão tratada pelo presidente foi a educação. Segundo ele, o prédio onde funciona o colégio estadual é alugado, situação precária que precisa de solução. Ele pediu união dos vereadores em prol de Bate Pé. “Eu gostaria que as coisas não ficassem só no papel”, falou.

Edivaldo Mota, Presidente Associação do Umbuzeiro relatou a importância dos vereadores estarem permanentemente nas comunidades: “A gente precisa ter muita união. A gente tem que se unir”.  Por fim, ele lembrou que “a associação tem vários sócios e não somos atrelados a partido nenhum. Lutamos por aquilo que é melhor para nossa comunidade. Mas não podemos deixar de lembrar das ações da prefeitura. Estamos lutando para que as coisas melhorem”.

Representando os moradores de Pau Ferro 1 e 2, conselheira da localidade e presidente do Conselho de Saúde do Bate Pé, Maria José Novaes, iniciou seu pronunciamento dizendo que “estamos na luta para não fechar a escola. Há muitas crianças que precisam dela”.  Afirmou que como mãe, representava também os outros pais. “Precisamos muito dessa escola. É muito difícil vir aqui, porque precisamos trabalhar. Não dá para trazer aqui as crianças todo dia”. Finalizou abordando o programa “Luz para todos. Esse negócio é mentira. Já tem três anos que estamos nessa luta e não temos luz. Muita dificuldade. Estamos na luta para conseguir a luz. Então quero pedir para resolver essa situação que está precária”.

O coordenador municipal de Agricultura, Noeci Salgado, pediu que os moradores do distrito se atentassem às mudanças pelas quais Bate-Pé passou desde o início do Governo Lula. De acordo com ele, hoje o distrito recebe uma série de programas dos Governos Federal e Estadual.

Ele disse que as demandas apresentadas pela população são “justíssimas” e disse que é preciso empenho por parte de todos para que elas sejam atendidas. Noeci agradeceu à Câmara por se aproximar ainda mais da população através das sessões itinerantes, ouvindo as comunidades e discutindo formas de melhorar a vida da população. Salgado se colocou à disposição da comunidade para trabalhar em busca de melhorias para o distrito.

Já o diretor escolar, professor Davino Nascimento sugeriu a formação de uma comissão para discutir e reivindicar o asfaltamento da estrada de Bate Pé ao Pradoso. Ele ainda solicitou a realização de uma audiência pública na Câmara com a participação do Ministério do Transporte e dos setores da prefeitura relacionadas ao tema. Segundo ele, as estradas estão ruins, o que causa prejuízo para muita gente. Davino relatou que nessa quarta um ônibus escolar quebrou em decorrência do péssimo estado da estrada, obrigando os alunos a seguir a pé até suas casas. A situação deve piorar ainda mais com a proximidade do período de chuvas, informou o professor.

Davino destacou os problemas de segurança na escola e pediu a construção de muro no local. Já para atender à juventude do distrito, o diretor defende a implantação de um ginásio de esportes. Ele ainda relatou a chegada da internet na escola. “Está na hora de a zona rural avançar com o uso da internet em nossas escolas”, disse. A escola já conta com esse serviço, mas de forma precária, pois apenas três computadores possuem acesso à internet e com conexão fraca. Em sua fala, cobrou ainda uma visita das comissões de Educação e de Cultura e Esporte para poder discutir de forma mais detalhada as questões do distrito.



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