Na sessão desta sexta-feira (19) da Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) o Líder da Bancada de Oposição, o vereador Arlindo Rebouças (PROS), durante o Pequeno Expediente, criticou a escolha da área para construção do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) apontada no Projeto de Lei (PL) nº 16/2015, enviado à Câmara pela Prefeitura. O PL foi lido na sessão de hoje e prevê a desafetação, ato pelo qual o Estado torna um bem público apropriável, de parte de Área Verde integrante do município e autoriza a construção do CCZ.

Segundo Rebouças, o CCZ é importante e deve ser construído, mas não se pode eliminar área verde, seja pra qualquer ação. A área de que trata o PL tem 27.600 mil m² e está localizada no Loteamento Chácaras Candeias, no bairro Universidade. Dessa área, 16.600 mil m² deverão abrigar o centro e o restante uma rua de acesso. O vereador defende que seja escolhido outro espaço para o equipamento e se mantenha a área verde. “Eu vou comprar essa briga. A Prefeitura pode ter certeza absoluta, pode procurar outro lugar, porque o Estatuto da Cidade não permite construção em área verde”, detalhou.  

Transporte coletivo – Arlindo Rebouças relatou uma convocação que recebeu, por meio do ofício nº 09/2015, da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e do Conselho Municipal de Transportes Públicos para uma reunião no dia 25 de junho. Segundo ele, a pauta é para discutir a proposta de equilíbrio econômico e financeiro do transporte coletivo. “Traduzindo para o povo: aumento da passagem do transporte coletivo”, disse.  

Para o vereador, o aumento da passagem não resolverá o problema do transporte coletivo. “Enquanto existir esse esquema que está aí, não tem solução. Pode botar de R$ 5 a passagem que vai continuar a mesma coisa. Nós temos uma empresa capenga que não tem condição de atender a nossa comunidade. E quando você tem um sistema capenga, não funciona”, afirmou.

Ele ainda cobrou uma atitude mais consistente do Executivo. “A Prefeitura tem que ter a coragem, a hombridade, de tomar uma posição firme, que até hoje eu não senti de parte do município”, disse. Para ele, a Prefeitura está preocupada “em aumentar o preço da passagem, mas não com a qualidade [do serviço]”. O vereador ressaltou que os problemas vêm desde a licitação. “A empresa não tem condições de pagar os R$ 37 milhões [da outorga onerosa]. Ela tinha que ser desclassificada na época da proposta”, detalhou. Ele ainda reclamou: “Nós temos ônibus sucateados transportando os passageiros, nossos trabalhadores. Não pode”. Rebouças afirmou que não apoia o aumento. “Eu mesmo não vou aprovar nenhuma proposta de aumento enquanto não resolver isso”.  O vereador defende que, primeiro, seja melhorado o serviço.

Ofício de convocação