O vereador Arlindo Rebouças (PROS) se solidarizou com as reinvindicações da Pastoral do Menor que realizou um protesto na sessão desta sexta-feira (20). A instituição denunciou o possível fim de convênios entre a Prefeitura, pastorais da Igreja Católica e outras instituições que mantêm trabalhos e projetos sócio-educacionais voltados para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. “Eu me revolto quando eu vejo um prefeito mentindo para o povo, falando besteira, que é um prefeito democrático, participativo, e se recusa a receber as pastorais que reivindicam o retorno dos funcionários que estavam trabalhando, prestando serviços a essas crianças”, detalhou.

Rebouças destacou o trabalho feito pelas pastorais, sobretudo, segundo ele, num contexto de aumento da violência. “Nós estamos vendo aqui um assassinato a cada dois dias e a maioria  são jovens envolvidos com drogas. O trabalho que as pastorais fazem, a Associação Conquistense de Integração do Deficiente (ACID), a APAE e a AABB Comunidade também, é o trabalho de resgate dessas crianças. O prefeito é covarde. Ele não recebe essas pessoas. Como é que nós vamos ficar? Essas crianças vão pra onde? Esses jovens vão para onde? Pra rua?”, disse ao criticar o possível fim de uma parceria que atende mais de 2.400 famílias, conforme dados da Pastoral do Menor. O vereador convocou a população a se mobilizar. “Juntem todas as crianças, todo mundo, e ocupem o pátio da Prefeitura até que ele apareça pra receber vocês. E eu acredito, vou falar por essa Casa, que os 21 vereadores vão estar com vocês nesta luta”, desabafou.

O parlamentar também denunciou a situação da Escola Municipal Maria Célia Ferraz, no bairro Ibirapuera, que “teve a energia [elétrica] cortada duas vezes esse mês por falta de pagamento”.  E ainda fez crítica ao Partido dos Trabalhadores (PT), que segundo o edil, vem concentrado um grande número de políticos corruptos. “O PT expulsou aquele prefeito [da cidade de São Sebastião do Alto-RJ, Mauro Henrique Chagas] por roubar R$ 100 mil, que recebeu de propina. Eu acho que deve ter expulsado porque só pode acima de R$ 1 milhão. Ele roubou só R$ 100 mil”, ironizou. Apesar das exceções, para Arlindo Rebouças, a “cúpula lá em cima tá podre”.