O vereador Florisvaldo Bittencourt (PT), na sessão desta sexta-feira, 20, em nome da Bancada da Situação, disse estar solidário com a causa do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Urbana, Comercial, Industrial, Hospitalar, Conservação e Controle de Pragas (SINDILIMP – Sudoeste e Centro-Oeste) que luta para regularizar a situação de salários atrasos de terceirizados do governo estadual em Vitória da Conquista e também com os protestos da Pastoral do Menor, que denuncia o possível fim de convênios entre a Prefeitura, pastorais da Igreja Católica e outras instituições que mantêm trabalhos e projetos sócio-educacionais voltados para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. “Não podemos admitir que os companheiros trabalhadores continuem sem receber seus salários, seus direitos”, defendeu.

Bittencourt cobrou o cumprimento da promessa da Prefeitura Municipal em sentar com os vereadores e secretários municipais. Ele afirmou que vem enfrentando dificuldades com alguns secretários. “As medidas necessárias podem até ser tomadas. Mas, há de ser ter diálogo e há de se informar”, defendeu. O edil também reconheceu o esforço do colega Professor Cori (PT) em atender a agenda da Pastoral do Menor, bem como dos demais vereadores sobre outras pautas, mas informou que “quase sempre, nós temos esbarrado em alguns secretários que criam barreiras”.

Segundo o parlamentar, esse problema só vem se acirrando e por conta disso a Bancada de Situação quer “urgentemente uma reunião de bancada com o governo”. Ele criticou a falta de diálogo por parte da Prefeitura: “Em toda sessão aqui na Câmara enfrentamos um incêndio, principalmente de ordem administrativa, do qual nós somos chamados a responder sobre o assunto, sendo que os próprios secretários não informam. E aí não dá, aí fica chato”. Ele citou como exemplo o debate sobre o shopping popular. “Nosso governo trabalha muito, se empenha muito, mas é um governo que tem, infelizmente a partir de seus secretários, dialogado mal. Nós temos que resolver esse problema. Como bancada temos que dar respostas”, detalhou.

Para Bittencourt o “trabalho da Pastoral é extraordinário, todos nós conhecemos, como também o trabalho dessas entidades conveniadas com a Rede de Atenção da Criança e do Adolescente” e por isso essas parcerias não podem ser interrompidas simplesmente por uma determinação administrativa. Ele ainda questionou as acusações que recebe ao ser taxado de vereador que age como se fosse da oposição: “Eu me comporto como alguém preocupado com esse projeto que me orgulho de fazer parte”. Ainda sobre as reivindicações da Pastoral, o vereador disse que: “Estamos preocupados sim, nós estamos discutindo sim. As medidas não podem ser tomadas meramente como caneta, como administrativo. Temos que observar o impacto social das medidas”.

O parlamentar também agradeceu o parecer favorável ao seu projeto de lei que obriga os hospitais públicos e conveniados a informar aos pacientes, fixando em suas entradas, o nome do médico, com a matrícula, e o diretor clínico em atendimento. Para o vereador é uma forma de manter o cidadão informado e que o mesmo poderá recorrer à Justiça, munido desses dados, caso seja negado o atendimento.