Imagem Vereadores aprovam reforma política, mas condenam lista fechada

Vereadores aprovam reforma política, mas condenam lista fechada

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14/07/2009 22:10:00


Na sessão mista que discutiu a reforma política brasileira, o vereador Álvaro Pithon (DEM) lamentou a ausência dos políticos locais para discutir um tema tão importante. O parlamentar condenou a aprovação da chamada lista fechada, “que tira o direito do eleitor de votar em quem quiser”. Pithon lamentou a proibição da pintura em muros e a utilização de bandeiras como estratégias de comunicação em campanhas eleitorais. “Tiraram esse direito dos candidatos pobres”, disse.
Já o vereador Beto Gonçalves (PV) afirmou que a proposta de reforma política é importante, porém precisa ser melhor analisada em seus detalhes. O parlamentar afirmou, por exemplo, que a reeleição é um julgamento da população para com o trabalho do governante. Comentou, ainda, sobre o uso da internet como estratégia de comunicação em campanhas políticas. “Isto facilita e aproxima o cidadão do político”, afirmou.
O vereador Joel Fernandes (PTN) afirmou que a reforma política será imposta à população brasileira, que não terá meios para opinar sobre os rumos da nova maneira de se fazer política no Brasil. Fernandes sugeriu a realização de plebiscitos para consultar a vontade da sociedade e criticou a desigualdade do financiamento de campanhas eleitorais. “Os partidos políticos só vão liberar verbas para determinados candidatos”, disse, condenando a aprovação da lista fechada.
Para o vereador Ademir Abreu (PT), o financiamento público de campanha possibilita o controle, por parte do Governo, dos recursos que serão repassados para os candidatos. “O financiamento público vai acabar com o caixa dois”, afirmou, ressaltando a importância da participação popular por meio de conselhos comunitários e consultas públicas. “Os conselhos precisam funcionar de maneira efetiva”, disse, defendendo a fidelidade partidária.
O vereador Luciano Gomes (PR) afirmou que, infelizmente, a reforma política atende apenas aos interesses de quem está no poder. “Os deputados estão pensando neles próprios e esquecendo o país”, declarou, se posicionando contrário à aprovação da lista fechada. Gomes parabenizou o vereador Hermínio Oliveira pela iniciativa em trazer o tema para ser debatido na Câmara.
O vereador Alexandre Pereira (PT) destacou a importância da aprovação da reforma política pelo Congresso Nacional, numa tentativa de impedir a interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) nos rumos da política brasileira. Pereira defendeu a fidelidade partidária e a eleição única a cada quatro anos. O sistema eleitoral para cargos proporcionais também foi destacado pelo parlamentar. “Isto possibilita a eleição de candidatos de pequenos partidos”, disse, defendendo o financiamento público de campanhas.
Segundo a vereadora Lúcia Rocha (DEM), a reforma política é uma importante conquista para os brasileiros. A parlamentar ressaltou que esse processo reforça as bases da democracia e precisa ser melhor compreendido pela população. “Estamos engajados neste assunto, que merece um debate amplo como este que aconteceu aqui na Câmara”, disse Rocha, parabenizando o vereador Hermínio Oliveira, autor da sessão.
O vereador Vivi Mendes (PT) declarou seu apoio à reforma política, porém questionou a idoneidade dos deputados que vão discutir, votar e aprovar a reforma. “Que moral estes políticos têm para aprovar uma transformação tão importante em nossa política?”, questionou o parlamentar, citando exemplos de recentes escândalos de corrupção envolvendo o Congresso Nacional.



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